AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVAS NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Profissionais da educação. Práticas pedagógicas inclusivas. Formação continuada. Educação Especial
A presente pesquisa teve como objetivo analisar como são desenvolvidas as práticas inclusivas a partir da formação continuada em educação especial para os profissionais da educação, com ênfase no trabalho docente e como isso reflete nas ações pedagógicas promovidas no contexto escolar, sob a perspectiva da diversidade. Dessa forma, o estudo aprofundou-se em questões inerentes a rotina da escola e logística dos processos e projetos que permeiam os espaços escolares, a fim de correlacionar a dinâmica da formação continuada, planejamento e ações inclusivas. Para tanto, foi realizado o estudo bibliográfico sobre a concepção e conceitos de formação continuada, prática educativa e os determinantes internos e externos, educação especial inclusiva e escola e sua função social, apoiados em MAZZOTA, ZERBATO e MENDES, TARDIF, SOUZA, IMBERNÓN e NÓVOA. Dada a particularidade da unidade de análise, a pesquisa caracteriza-se como pesquisa colaborativa (IBIAPINA), pois entendo que a relevância do processo também se dá ao fato de todos se colocarem enquanto aprendizes com valorização dos conhecimentos e desvelamento das situações reais vivenciadas pelos profissionais da educação. A pesquisa ocorreu na EMEB Rodrigo Damasceno, localizada no município de Sinop/MT, na ocasião houve a propositura de um projeto de formação continuada na escola envolvendo todos os segmentos, para tanto, de forma colaborativa foram elencadas temáticas a partir das necessidades e anseios do grupo. O projeto aconteceu com oito encontros presenciais, onde elucidei conceitos e socializamos questões pertinentes ao público alvo da educação especial e processos inclusivos. Para coleta de dados, foi realizado um questionário inicial a fim de levantar as dúvidas, expectativas e perfil dos profissionais para balizar a proposta de formação. Durante os encontros, toda a conjuntura das discussões foi registrada no caderno de campo da formadora-pesquisadora, como também foram realizadas atividades reflexivas e ao término do projeto de formação, foi realizado um questionário para analisar o alcance das ações. O conjunto de dados que formaliza o corpus de análise permite observar que as práticas individualizadas, a sobrecarga de trabalho e ausência de formação continuada com atenção as reais necessidades dos profissionais compõem os principais entreves do processo inclusivo. A formação continuada abarcou conhecimentos que deram subsídios para que os profissionais da educação percebessem na prática, mediante discussão com seus pares, possibilidades de atividades, flexibilização, adaptação curricular e ações que atendam a demanda de seus alunos, o diálogo objetivou a possibilidade da mudança do pensamento coletivo.