FORMAÇÃO CONTINUADA COLABORATIVA DE PROFESSORES NA PERSPECTIVA DO DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM
Educação Inclusiva, Formação Continuada, Desenho Universal para a Aprendizagem.
Esta pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de Mestrado Profissional em Educação Inclusiva (PROFEI), teve como objetivo geral investigar os efeitos de uma formação continuada colaborativa sobre o Desenho Universal para a Aprendizagem, com professores da rede municipal de Vila Bela da Santíssima Trindade – MT, por meio de um trabalho fundamentado na metodologia da pesquisa-ação. A proposta surgiu da necessidade de fomentar práticas pedagógicas inclusivas, capazes de responder à diversidade presente nas salas de aula da escola comum. Foi realizada uma abordagem qualitativa e se desenvolveu por meio de uma pesquisa-ação, em que a pesquisadora, também professora da escola investigada, atuou como mediadora na formação dos colegas. As ações formativas ocorreram em encontros planejados com base nos três princípios do DUA: múltiplos meios de engajamento, de representação e de ação e expressão. Esses encontros foram compostos por momentos teóricos e práticos, que estimularam o debate, a troca de experiências e a criação coletiva de estratégias pedagógicas. Na fundamentação teórica da pesquisa ocorreu um diálogo com autores como Ana Paula Zerbato, Eniceia Mendes e Silvio Gallo. A partir da perspectiva da Educação Menor, defendida por Gallo, reconhece-se os saberes produzidos no cotidiano escolar e valoriza-se o protagonismo dos sujeitos envolvidos na prática educativa. Já as contribuições de Zerbato e Mendes reforçam a importância da formação docente voltada para a compreensão das diferenças e da acessibilidade como princípio pedagógico. Os resultados indicam que a formação continuada colaborativa, fundamentada no DUA, contribuiu significativamente para a ressignificação das práticas pedagógicas dos professores participantes. Houve ampliação da compreensão acerca da diversidade e maior abertura para o uso de estratégias pedagógicas mais inclusivas e acessíveis. Conclui-se que ações formativas dessa natureza podem contribuir para uma cultura escolar inclusiva, baseada na escuta, no diálogo e na valorização das experiências que emergem no cotidiano da escola.