Banca de DEFESA: DINAURA BATISTA DE PÁDUA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DINAURA BATISTA DE PÁDUA
DATA : 01/03/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Web-conferência
TÍTULO:

PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO PARA ESTUDANTES SURDOS: (SOBRE)VIVÊNCIAS ENTRE SINAIS E PALAVRAS


PALAVRAS-CHAVES:

Língua de Acolhimento. Libras. Língua Portuguesa. Cultura. Identidade.


PÁGINAS: 130
RESUMO:

Este estudo tem como foco principal propor estratégias de acolhimento institucional de estudantes surdos no âmbito educacional no Estado de Mato Grosso. Para contextualizar a escolha do tema, cabe relatar que, com o reconhecimento da Libras como língua natural dos surdos brasileiros (Lei 10.436/2002 e Decreto 5.626/2005), teve início, a partir de 2006, em âmbito nacional, a criação de cursos de graduação voltados à formação de professores e intérpretes de Libras. Este novo contexto tem levado às salas de aula do ensino superior um número cada vez mais expressivo de estudantes e professores surdos, constituindo um espaço de interação entre pessoas que utilizam duas línguas distintas, a Libras e a Língua Portuguesa, que possuem modalidades de percepção e produção díspares, sendo a primeira visoespacial e a segunda oral-auditiva – portanto, um ambiente bilíngue e bimodal. Tal cenário tem se revelado um amplo campo de pesquisas, tendo em vista o envolvimento entre línguas, culturas e identidades diferentes, que se relacionam em situações de constantes distanciamentos e aproximações, evidenciando a necessidade de reflexões concretas acerca das práticas pedagógicas para o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visando o atendimento das demandas específicas de estudantes surdos e ouvintes no mesmo espaço educacional. Para alicerçar nossa tese, encontramos fundamentação teórica nos estudos de Barbosa e São Bernardo (2017), a partir da denominação “Português como Língua de Acolhimento” - uma especialidade de pesquisa e ensino de Português cujo público-alvo é composto por estrangeiros refugiados no Brasil, os quais carecem do conhecimento de uma nova língua para recomeçar sua vida no país que os acolhe. A aproximação com tal denominação se justifica em virtude da semelhante situação de vulnerabilidade social que brasileiros surdos vivenciam diariamente, em diversas esferas, dadas as barreiras linguísticas nas mais diferentes situações em que o conhecimento da modalidade escrita do Português se faz obrigatório. Especificamente no ambiente acadêmico, constatamos que os surdos chegam ao ensino superior com grande defasagem no conhecimento da modalidade escrita da Língua Portuguesa e da Libras, tendo em vista a inexistência (até o momento) das duas disciplinas na Educação Básica. Tais lacunas no aprendizado das línguas interferem no desenvolvimento de todo e qualquer conhecimento, culminando em constantes conflitos e desentendimentos em diversas situações de comunicação, gerando traumas e reforçando estigmas que afastam, cada vez mais, brasileiros surdos e ouvintes pelo fato de utilizarem línguas diferentes. Pelo viés de uma Linguística Aplicada mestiça, transdisciplinar/interdisciplinar e transgressiva, esta é uma pesquisa de natureza aplicada, de abordagem qualitativa e etnográfica, exploratória, bibliográfica, documental. O resultado desta investigação almeja contribuir com avanços nas práticas pedagógicas em ambientes bilíngues e bimodais, promovendo um ensino mais adequado às especificidades e potencialidades desse público-alvo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 314.500.911-72 - LUCIA MARIA DE ASSUNÇÃO BARBOSA - UNEMAT
Interno - 132024003 - ANA CAROLINA DE LAURENTIIS BRANDAO
Interno - 132146001 - BARBARA CRISTINA GALLARDO
Externo à Instituição - HILDOMAR JOSÉ DE LIMA -
Externo à Instituição - JOÃO FÁBIO SANCHES SILVA - UEMS
Externo à Instituição - PRISCILLA ALYNE SUMAIO - UFMT
Notícia cadastrada em: 02/02/2024 17:00
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