Banca de QUALIFICAÇÃO: ROSÂNGELA ANTONINI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROSÂNGELA ANTONINI
DATA : 04/03/2022
HORA: 13:30
LOCAL: Defesa remota - via webconferência
TÍTULO:

EJA: uma modalidade e muitos sentidos: um estudo das significações dos “Alunos” da eja nas leis que garantem o acesso a essa modalidade


PALAVRAS-CHAVES:

Nomeação, Renomeação, ROP, Aluno, Semântica do Acontecimento


PÁGINAS: 120
RESUMO:

A história da educação no Brasil, primeiramente, é apresentada como um lugar na América esquecida e que só passou a fazer sentido após a chegada dos portugueses; embora, quando as esquadras portuguesas aqui chegaram, esse vasto território estivesse ocupado por seus habitantes naturais, que tinham uma cultura, uma culinária; falavam vários dialetos,  praticavam a arte da caça e pesca e construíram um calendário para os rituais que demarcavam as festividades. Com a chegada do novo elemento “o europeu”, essa rotina foi transformada, pelos novos costumes do ocidental. A partir de então, vários elementos foram sendo instituídos na vida dos povos indígenas. Com o descobrimento das terras do novo mundo, havia a necessidade de colonizar e assim, vieram nas caravelas, os primeiros educadores; os padres jesuítas de filosofia cristã com objetivo evangelizador, com intuito de tornar os índios mais dóceis e portanto, submissos a nova ordem vigente na colônia brasileira. Lança-se então, as primeiras sementes sobre a educação, que logo germinaram na integração dos meninos (índios) da colônia a receber a fé católica. Essa  relação da Igreja com os primeiros habitantes, os portugueses e os colonizadores, nem sempre foi harmoniosa, pois existiam nesse núcleo de convivência, muitos interesses que em determinados pontos geraram conflitos. Porém, a educação nunca foi neutra e esteve atrelada aos interesses da Coroa, da igreja e dos colonizadores que queriam pacificar os índios através da religião, o que nem sempre foi possível; isso significa semanticamente uma disputa nesse espaço político de forças envolvidas no embate de ideias e interesses. É nesta medida que pautaremos sobre a história da educação brasileira, no processo analítico que significa e (re)significa na/pela linguagem através do funcionamento da língua na/pela enunciação. Para tando, o desenvolvimento desta pesquisa será balizada na história das ideias da educação desde a chegada dos primeiros educadores que foram os padres da Companhia de Jesus, até a constituição dos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs) em Mato Grosso, espaço de constituição de identidade de jovens e adultos trabalhadores que não tiveram oportunidade de terminar seus estudos em idade própria. Como a educação foi sendo construída, pelos sujeitos que escreveram a história, significa semanticamente que a educação de jovens e adultos em Mato Grosso, foi pensada para corrigir uma defasagem e abrigar nos CEJAs, os adultos trabalhadores, aluno, educando, jovens e adultos e, assim, construir identidade nesses Centros. Iremos analisar semantico-enunciativamente a palavra “aluno” nas ROPs (Regras de Organizações Pedagógicas) dos CEJAs do Estado de Mato Grosso; o Decreto Nº 1.123  de 28 de janeiro de 2008 que trata da estrutura e organização dos Centros de Educação de Jovens e Adultos em Mato Grosso. A nossa pesquisa historiográfica se baseará na constituição da educação de jovens e adultos  (EJA), na LDB (Leis de Diretrizes e Bases) de nº 9.394/96. Esta pesquisa, considera que o significado da palavra aluno pode ser compreendida semanticamente pela análise do acontecimento da enunciação. Acontecimento que constitui sua própria temporalidade colocando em evidência o político, que estabelece de forma desigual uma partilha do real e a afirmação de pertencimento dos que não estão incluídos no processo ensino aprendizagem. Para dar conta dos resultados deste trabalho, e, consequentemente, as análises que se darão na linha de pesquisa dos “Estudos e Análises dos processos Discursivos e Semânticos”, com aporte teórico a Semântica do Acontecimento (Guimarães, 2002), das teorias sobre a enunciação de autores como: Emilé Benveniste e Oswald Ducrot, e, da Análise de Discurso (Orlandi, 1999). Dialogaremos com outras disciplinas como a História, Filosofia e Sociologia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 074.143.406-78 - EDUARDO ROBERTO JUNQUEIRA GUIMARAES - UNEMAT
Interno - 37199002 - TAISIR MAHMUDO KARIM
Externo à Instituição - LUCIANA NOGUEIRA - UFSCAR
Notícia cadastrada em: 17/02/2022 12:34
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