Estrutura da comunidade zooplanctônica de riachos e veredas em regiões do Cerrado, Médio Araguaia, Brasil
estrutura de comunidades, invertebrados, Cladocera, Rotifera, Copepoda.
Riachos e veredas são dois ecossistemas aquáticos que estão associados a duas importantes fitofisionomia do Bioma Cerrado brasileiro – as matas de galeria e as Veredas. Objetivo desse estudo foi preencher lacunas sobre o conhecimento das comunidades zooplanctônicas distribuídas nesses ecossistemas e comparar esses ecossistemas com relação à riqueza, densidade, diversidade, composição de táxons. Além disso, foi realizado um teste da influência das variáveis ambientais sobre a estrutura dessas comunidades. Foram utilizados dados coletados entre os anos de 2016 e 2017 de 25 riachos e 16 veredas na bacia do Médio rio Araguaia. A riqueza total observada em riachos foi de 75 táxons, sendo 52 táxons de Rotifera, 17 táxons de Cladocera e três ordens de Copepoda (Calanoida, Cyclopoida e Harpacticoida). Em veredas a riqueza total observada foi de 53 táxons, sendo 39 táxons de Rotifera, nove táxons de Cladocera e duas ordens de Copepoda (Cyclopoida e Harpaticoida). Os riachos e as veredas são similares com relação às variáveis ambientais, ambos ecossistemas apresentam águas ácidas e baixa condutividade. No entanto, a estrutura da comunidade zooplanctônica apresentou diferença com relação à riqueza, densidade, diversidade e composição de táxons. Em média os riachos possuem maior riqueza e densidade de táxons do que as veredas. As variáveis ambientais deste estudo não explicam a riqueza total e a densidade total de táxons zooplanctônicos nos riachos e nas veredas. Contudo, a variável temperatura foi uma variável importante para a composição dos táxons em veredas, apesar disso os táxons correlacionados com os valores de temperatura são táxons de ocorrência comuns em outros ecossistemas e em diferentes temperaturas.