TÉCNICA DGT COM MEMBRANA LIGANTE DE QUITOSANA PARA MENSURAÇÃO DE MERCÚRIO
Quitosana, Mercúrio, Biofilmes
O Mercúrio (Hg) é um metal tóxico aos humanos e de grande preocupação ambiental, em particular por causa de sua alta volatilidade, longo tempo de residência atmosférica e toxicidade intrínseca, particularmente em sua forma metilada (MeHg). Em regiões tropicais, muito do Hg encontrado na água é proveniente tanto de garimpos como do próprio solo da região, rico no metal. Determinar com exatidão a dinâmica da biodisponibilidade do metal, ainda é uma meta da comunidade científica. A técnica de gradientes difusivos em filmes finos (DGT) é uma ferramenta promissora para análise in situ metais “livres”. O dispositivo DGT usa uma camada de difusão, convencionalmente um hidrogel de poliacrilamida e um agente de ligação, tipicamente um composto altamente afim do analito em estudo, impregnado em um hidrogel de poliacrilamida. Entretanto, o preço das unidades DGT pode ser um fator restritivo a sua implementação em áreas carentes de recursos. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi o de apresentar os passos de construção de um DGT a base de quitosana, a fim de popularizar a técnica, e comparar seus potenciais de adsorção máximo e cinéticas de adsorção em relação a outros DGTS com base na literatura. Nossos resultados indicam que os DGTs fabricados a partir do esquema utilizado por nós pode ser funcional, com taxas máximas de adsorção maiores que os DGTs convencionais a base de tióis e com cinéticas de adsorção semelhantes, sugerindo que, após validação do método, a abordagem pode ser uma alternativa promissora e mais econômica para o monitoramento de mercúrio em ambientes naturais.