QUALIDADE DA ÁGUA E POTENCIAL DE AUTODEPURAÇÃO DO RIO PARAGUAI, APÓS LANÇAMENTO DE EFLUENTES URBANOS
Streeter-Phelps; IQA, Pantanal.
A falta de esgotamento sanitário no Brasil, sempre foi um tema que causa preocupação a sociedade. Em Cáceres-MT, a realidade não é diferente. De acordo com o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) o Município dispõe de apenas 8,17 % de tratamento de efluente, sendo que muito moradores lançam seus esgotos domésticos em fossas sépticas ou em córregos urbanos, de forma clandestina e innatura. Neste cenário, esta pesquisa teve por objetivo determinar a capacidade de autodepuração do Rio Paraguai, na cidade de Cáceres, em áreas de interesse (captação de água bruta da cidade) a fim de averiguar se as cargas orgânicas e qualidade da água são aptos a captação. Para realização dessa pesquisa, estamos usando uma abordagem quali-quantitaviva para mensurar as cargas orgânicas e as variáveis de qualidade da água. Mensalmente, durante um ano, estão sendo coletadas amostras de água em seis pontos do rio Paraguai, sendo um deles a foz do córrego Sangradouro, na baia dos Malheiros, e um na captação da água bruta do sistema de tratamento de água do município. Como critérios de avaliação estão sendo usado o Índice de Qualidade de Água (IQA) e Curvas de Autodepuração da carga orgânica (DBO). Até o momento, realizamos os cálculos para os meses de dezembro de 2021 a abril de 2022. Em nenhum dos meses, a qualidade da água foi considerada satisfatória para captação, sendo que as curvas de depuração apontam para uma área ainda não satisfatória para a captação de água da cidade. Ao final do estudo, esperamos entregar um relatório técnico mostrando a incompatibilidade da instalação e lançando opções de realocação da unidade ou melhorias no sistema de captação de água