DETECÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE EXTREMOS CLIMÁTICOS E SUA INFLUÊNCIA NAS QUEIMADAS E RECURSOS HÍDRICOS UTILIZANDO SENSORES REMOTOS
Seca; SPI; bacia hidrográfica; focos de calor.
O desequilíbrio na relação de oferta e demanda por água ocasionado por eventos naturais como a seca é capaz de desestabilizar as atividades humanas. Estima-se que até 2030, aproximadamente, 700 milhões pessoas serão impactadas com os efeitos da seca, os quais repercutem de forma significativa nas esferas sociais e econômicas. As mudanças nos padrões climáticos indicam que os períodos secos serão intensificados, consequentemente, episódios de queimadas florestais e um aumento das emissões de gases do efeito estufa (GEE) elevarão os riscos à saúde pública global. Entre os anos de 1999 e 2018, foi registrado focos de calor em todos os biomas brasileiros e essas emissões oriundas da queima de biomassa vegetal, contribuem para que o país seja um dos maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa. Em Tocantins, os eventos de seca ocorridos, principalmente na região sudeste do Estado, bem como o elevado número de focos de calor, representam um risco direto às comunidades, ao meio ambiente e aos recursos hídricos. Nesse trabalho, a área de estudo compreende a Bacia Hidrográfica do Rio Manoel Alves da Natividade – BHMAN, devido o importante papel desempenhado para agricultura e das comunidades, inseridas nessa área de estudo, que dependem desse recurso hídrico. Por meio do aporte de técnicas de sensoriamento remoto, serão analisados os eventos de seca (utilizando para tanto o índice padronizado de precipitação – SPI) e os focos de calor (por meio dos produtos disponíveis pelo sensor MODIS), a fim de identificar o possível padrão sinérgico estabelecidos por ambos fatores, para então elaborar uma metodologia que auxilie o monitoramento em bacias hidrográficas.