Banca de DEFESA: CAROLINA MANCINI DO CARMO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAROLINA MANCINI DO CARMO
DATA : 08/03/2024
HORA: 08:00
LOCAL: ON LINE
TÍTULO:

Conservação e distribuição espaço-temporal de peixes de importância socioeconômica na Bacia Araguaia-Tocantins e etnoictiologia dos ribeirinhos/pescadores do médio Rio das Mortes, Mato Grosso


PALAVRAS-CHAVES:

 

Cerrado; Amazônia; adequabilidade ambiental; Conhecimento etnoecológico; comunidades ribeirinhas; pescadores.


PÁGINAS: 86
RESUMO:

A Bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica do planeta, engloba um ambiente notavelmente diversificado. Associada a ela está a Bacia Araguaia-Tocantins, que inclui o Rio das Mortes, destacando-se por sua significativa importância ecológica, geopolítica e socioeconômica, abrangendo a transição entre os biomas Cerrado e Amazônia. Esta tese está estruturada em dois artigos: no primeiro, aplicamos modelos de distribuição espaço-temporal para analisar os cenários do Último Máximo Glacial (LGM), da situação atual e de projeções futuras das quatro espécies de peixes mais pescadas e comercializadas no Rio das Mortes, sendo elas: Pseudoplatystoma fasciatum, Brycon falcatus, Myloplus torquatus e Leporinus friderici. As variáveis ambientais que melhor explicaram a distribuição espacial dessas espécies foram altitude, temperatura e precipitação. Nossas projeções indicaram que todas as espécies apresentavam extensas áreas de nicho de adequação ambiental (ESNs) durante o LGM, as quais eram contínuas e conectadas. Em um cenário futuro, com um aumento de 8,5 ºC na temperatura, B. falcatus e P. fasciatum poderão enfrentar o risco de desaparecimento, e M. torquatus e L. friderici poderão se adaptar, modificando suas ESNs. Observamos ainda que as áreas protegidas atuais não representam adequadamente o nicho dessas espécies. No segundo artigo, investigamos e comparamos a percepção e o conhecimento etnoictiológico das comunidades ribeirinhas e pescadores de três municípios da Bacia do Rio das Mortes, em Mato Grosso: Nova Xavantina (NXA), Nova Nazaré (NNA) e Novo Santo Antônio (NSA). Entrevistamos 105 pessoas que residiam há pelo menos 20 anos no município. Analisamos os dados por meio de estatística descritiva e calculamos o Valor de Uso de cada espécie. Foram citadas 25 etnoespécies de peixes, sendo 25 em NSA, 20 em NXA e 17 em NNA, com as três primeiras, Pintado, Voadeira e Pacu, coincidindo nos três municípios. Identificamos grupos de espécies associados com interesses alimentares e comerciais, com valores comerciais mais acessíveis e espécies que, apesar de serem mencionadas como ameaçadas, apresentam elevado valor comercial. Os entrevistados demonstraram amplo conhecimento sobre a relevância da proibição da pesca durante a piracema e expressaram apoio a essa restrição. A percepção dos entrevistados enfatizou que muitas espécies reduziram suas populações nos últimos 20 anos devido às condições climáticas extremas e mudanças ambientais e a maioria responsabiliza os impactos negativos registrados na ictiofauna aos impactos antrópicos. Assim, nosso estudo permitiu uma compreensão mais aprofundada da dinâmica espaço-temporal de importantes espécies de peixes da região, contribuindo para uma abordagem cientificamente precisa sobre a interação entre fatores ambientais, a distribuição e possíveis impactos sobre essas espécies e contribuirá para o desenvolvimento de iniciativas de proteção e gestão eficientes dos recursos pesqueiros nas bacias Araguaia-Tocantins e Rio das Mortes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 82328201 - BEATRIZ SCHWANTES MARIMON
Interno - 118188003 - ERNANDES SOBREIRA OLIVEIRA JUNIOR
Interno - 83215001 - MARIA ANTONIA CARNIELLO
Externo à Instituição - HALINA SOARES JANCOSKI - UNEMAT
Externo à Instituição - LUCÉLIA NOBRE CARVALHO - UFMT
Externo à Instituição - TATIANA LIMA DE MELO -
Notícia cadastrada em: 19/02/2024 19:04
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