Banca de DEFESA: EDER CORREA FERMIANO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDER CORREA FERMIANO
DATA : 06/06/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Respostas taxonômicas e funcionais de assembleias de anuros à perda e fragmentação de habitat no sudoeste da Amazônia brasileira

PALAVRAS-CHAVES:

Anuros, Riqueza, Composição, Diversidade funcional, Desmatamento

PÁGINAS: 124
RESUMO:

A perda, fragmentação e degradação do hábitat constituem as principais ameaças à biodiversidade global, incluindo anfíbios. Esses processos reduzem a quantidade e conectividade de hábitat na paisagem, afetando a diversidade de espécies e serviços ecossistêmicos. Aqui, examinamos as respostas de assembleias de anuros à perda e fragmentação florestal no estado de Rondônia, sudeste da Amazônia brasileira. Essa tese está estruturada em: Introdução Geral e três artigos que apresentam resultados e as implicações destes para a conservação e distribuição de anfíbios na Amazônia. Amostramos anuros usando busca ativa visual e auditiva em 33 sítios florestais, no leste de Rondônia. Em todas as áreas, anuros foram amostrados em três dias consecutivos. O artigo 1, intitulado “Contribuições sobre anuros na Amazônia meridional brasileira: Riqueza, abundância e distribuição de espécies” apresenta um panorama geral das assembleias de anuros nas áreas florestais inventariadas. Complementarmente, dados da literatura foram incluídos para a Reserva Biológica do Jaru e sua zona de amortecimento. Registramos 64 espécies, 28 gêneros e 13 famílias. Quanto à distribuição, quase 80% das espécies são associadas à Amazônia e áreas marginais, reforçando a alta taxa de endemismo no bioma. Além disso, 10,9% das espécies não foram avaliadas pela IUCN e 7,8% pelo ICMBio, o que gera preocupação, especialmente considerando a intensa fragmentação da região. O segundo artigo, intitulado “Padrões taxonômicos de anuros no sudeste da Amazônia são determinados pela perda de hábitat e disponibilidade hídrica”, examina as respostas taxonômicas de anuros a preditores ambientais em escala de fragmentos e da paisagem. Descobrimos que a riqueza e composição são impulsionadas pela quantidade de hábitat remanescente na paisagem e que a disponibilidade e diversidade de corpos d’água são os principais determinantes para a abundância das espécies. Nesse sentido, paisagens com maior cobertura de floresta reterão maior riqueza de espécies, além de assembleias mais heterogêneas, evidenciando um efeito negativo da perda de hábitat. O terceiro capítulo intitulado “Cobertura florestal e disponibilidade de habitats aquáticos como drivers da diversidade funcional em anuros de paisagens fragmentadas da Amazônia” analisou como a diversidade funcional responde a métricas de locais e da paisagem. Os resultados mostraram importante efeito da cobertura florestal sobre a riqueza funcional e sobre a entropia quadrática de RaoQ, indicando que paisagens preservadas retém traços funcionais únicos e com maior diferenciação entre as funções ecossistêmicas das espécies. Além disso, traços funcionais relacionados à reprodução e capacidade de dispersão (tamanho corporal) foram associados à cobertura florestal e disponibilidade de poças e riachos na paisagem. Portanto, a conservação de anuros tanto na dimensão taxonômica quanto funcional nessa região, passa pela necessidade urgente de conter o desmatamento, bem como recuperar e aumentar a cobertura florestal por meio de corredores ecológicos. Adicionalmente, corpos d’água devem ser considerados prioritários no contexto de paisagem, potencializando os esforços de conservação das espécies.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 80970002 - DIONEI JOSE DA SILVA
Interno - 704.948.001-00 - GUSTAVO RODRIGUES CANALE - UFMT
Interno - 52857001 - JULIANO ANDRE BOGONI
Interno - 118181001 - WILKINSON LOPES LAZARO
Externo à Instituição - MATHEUS DE OLIVEIRA NEVES - UFMT
Externo à Instituição - DOMINGOS DE JESUS RODRIGUES - UFMT
Externo à Instituição - CARLA DA COSTA SIQUEIRA - UERJ