Banca de QUALIFICAÇÃO: EDER CORREA FERMIANO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDER CORREA FERMIANO
DATA : 11/12/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Dinâmica de anfíbios na Amazônia brasileira: Respostas multifacetadas à fragmentação e perda de habitat


PALAVRAS-CHAVES:

Anuros, Riqueza, Composição, Diversidade funcional, Desmatamento


PÁGINAS: 124
RESUMO:

A perda, fragmentação e degradação do hábitat constituem as principais ameaças à biodiversidade global, incluindo anfíbios. Esses processos reduzem a quantidade e conectividade de hábitat na paisagem, afetando a diversidade de espécies e serviços ecossistêmicos. Aqui, examinamos as respostas de assembleias de anuros à perda e fragmentação florestal no estado de Rondônia, sul da Amazônia brasileira. Essa tese está estruturada em: Introdução Geral e três artigos que apresentam resultados e as implicações destes para a conservação e distribuição de anfíbios na Amazônia. Amostramos anuros usando busca ativa visual e auditiva em 33 sítios florestais, no leste de Rondônia. Em todas as áreas, anuros foram amostrados em três dias consecutivos. O artigo 1, intitulado “Contribuições sobre anuros na Amazônia meridional brasileira: Riqueza, abundância e distribuição de espécies” apresenta um panorama geral das assembleias de anuros nas manchas florestais inventariadas. Registramos 2.565 indivíduos de 50 espécies, 23 gêneros e 10 famílias. Quanto à distribuição, cerca de 80% das espécies são associadas à Amazônia e áreas marginais, reforçando a alta taxa de endemismo no bioma. Além disso, 14% das espécies não foram avaliadas pela IUCN e 8% pelo ICMBio, o que gera preocupação, especialmente considerando a intensa fragmentação da região. O segundo artigo, intitulado “A quantidade de hábitat, em vez do tamanho da mancha, modula respostas de assembleias de anuros no sul da Amazônia”, examina as respostas das assembleias de anuros às métricas da mancha e da paisagem. Descobrimos que a riqueza e composição são impulsionadas pela quantidade de hábitat remanescente na paisagem, enquanto a abundância foi positivamente, mas fracamente, afetada pelo isolamento, o que, possivelmente, é explicado pela ocupação de espécies generalistas e dominantes em locais isolados. Nesse sentido, paisagens com maior cobertura de floresta reterão maior riqueza de espécies, além de assembleias mais heterogêneas, evidenciando um efeito negativo da perda de hábitat. O terceiro capítulo intitulado “Desvendando a diversidade funcional em uma paisagem fragmentada: A perda de hábitat altera a composição de características funcionais de anuros na Amazônia” analisou como a diversidade funcional responde a métricas de mancha e paisagem. Os resultados mostraram importante efeito da cobertura florestal sobre a riqueza e divergência funcional (FRic e FEve) de anfíbios. Além disso, a cobertura florestal foi positivamente associada à distribuição de espécies com padrão reprodutivo explosivo. Portanto, a conservação de anuros tanto na dimensão taxonômica quanto funcional nessa região, passa pela necessidade urgente de conter o desmatamento, bem como recuperar e aumentar a cobertura florestal por meio de manchas e corredores ecológicos. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 80970002 - DIONEI JOSE DA SILVA
Interno - 52857001 - JULIANO ANDRE BOGONI
Interno - 118181008 - WILKINSON LOPES LAZARO
Externo à Instituição - CARLA DA COSTA SIQUEIRA - UERJ
Externo à Instituição - MATHEUS DE OLIVEIRA NEVES - UFMT
Externo à Instituição - PAULO SÉRGIO BERNARDE - UFAC
Notícia cadastrada em: 27/01/2025 10:28
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