BEM VIVER: CONTRADIÇÕES NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO EM
COMUNIDADES RIBEIRINHAS NO ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL
Bem Viver; comunidades ribeirinhas; conhecimento tradicional;
conhecimento ecológico local; associação
A tese tem como objetivo analisar o processo do Bem Viver em comunidades ribeirinhas urbanas
no estado de Mato Grosso, Brasil, à luz, dos conceitos de conhecimento tradicional e do
conhecimento ecológico local. Essas comunidades ribeirinhas estão localizadas em áreas que
passaram pelo processo de urbanização nas cidades brasileiras e vivenciam conflitos e contradições
próprios desse processo. O problema que se apresenta é: Quais os principais fatores que interferem
no Bem Viver junto às comunidades ribeirinhas, localizadas em perímetros urbanos no estado de
Mato Grosso? Como se dá o diálogo entre os conceitos de conhecimento tradicional, conhecimento
ecológico local e Bem Viver? A pesquisa fundamenta-se em abordagem qualitativa, descritiva,
documental e bibliográfica apoiada na revisão sistemática de literatura, na Associação das Artesãos
da Comunidade São Gonçalo Beira Rio, Cuiabá e na Associação de Pescadores Profissionais de
Cáceres, Mato Grosso, Brasil. Como métodos de pesquisa foram utilizados a bibliometria, pesquisa
de campo com aplicação de questionário socioeconômico ambiental e realização de entrevistas
semiestruturadas com as lideranças das associações, ao final, entrevista em profundidade com as
lideranças das associações. Os dados qualitativos foram analisados com base na aplicação da matriz
de indicadores do Bem Viver (Alcântara; Sampaio, 2019, 2020) a partir de análise de conteúdo de
Bardin (2016). Resultados apontam que é necessário a melhoria e implementação de políticas
públicas alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que no contexto
investigado carece de medidas ousadas e transformadoras para que as associações, nas
comunidades, tornem-se sustentáveis, garantam direitos, dignidade e Bem Viver aos associados.