Banca de DEFESA: Cecilia Krug

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Cecilia Krug
DATA : 01/04/2024
HORA: 14:00
LOCAL: PPGEL
TÍTULO:

VALTER HUGO MÃE: A TRAVE MESTRA DA LINGUAGEM


PALAVRAS-CHAVES:

Valter Hugo Mãe. Literatura Portuguesa. Humanismo. Romance contemporâneo.


PÁGINAS: 181
RESUMO:

Neste estudo empreendemos uma análise acerca da construção literária que fomenta, por uma
linguagem em prosa poética, reflexões de natureza humanística, em o apocalipse dos
trabalhadores (2008), a máquina de fazer espanhóis (2010), O filho de mil homens (2011), A
desumanização (2013) e Homens imprudentemente poéticos (2016), do escritor português Valter
Hugo Mãe. O exame do corpus é orientado por pressupostos referenciais crítico-teóricos
literários, conjugando diálogos com os campos filosófico e cultural. A linguagem na tessitura
narrativa dos romances em relevo recoloca matérias humanísticas em discussão que são passíveis
de averiguação a partir das elaborações de Gaston Bachelard (1989) e Mikhail Bakhtin (1941).
Integra esta tese um exame da escolha e dos sentidos das designações das tramas e personagens,
somada a uma investigação das referências a expressões artísticas que sobrechegam os enredos,
com acepções de Ian Watt (1957) e Marthe Robert (1972). No compósito romanesco de Valter
Hugo Mãe, perscrutamos as pequenas histórias dentro da grande narrativa por meio das
pormenorizações dos narradores à luz de Oscar Tacca (1978) e Walter Benjamin (1936). São
exploradas as personagens em suas relações complexas e situações-limite, considerando a
percepção redimensionada pela distância e especificidades culturais e sociais interpostas pela
geografia inusitada dos romances, sob as contribuições de Antonio Candido (1968), Antonio
Dimas (1985), Mikhail Bakhtin (1975) e Luis Alberto Brandão (2013). A pesquisa põe em relevo
o que está longe da percepção e do olhar, o desconhecido e questões do mundo contemporâneo
em histórias que apesar de profunda dor, reluzem esperança. Tais perspectivas criam abstrações,
exortam movimentos e apresentam sentidos para além do horizonte espacial, segundo reflexões
de Gaston Bachelard (1989) e Maurice Blanchot (1955). A construção desta tese segue sob as
reflexões de Edward Said (2007) e Giorgio Agamben (2008), no que tange aos desafios e
caminhos de vida, singularidades das existências e convivências em um mundo marcado por
assimetrias. São trazidos à baila temas como a morte, o abandono, a solidão, a senilidade, as
opressões e vicissitudes refletindo a dura sobrevivência em um mundo complexo. Estas matérias
que constituem vidas, dilatam mundos e relações de convivência na contemporaneidade, são
refletidas à sombra das elucubrações de Edward W. Said e Giorgio Agamben nos diversos estudos
trazidos nas referências, com aportes de Benjamin Abdala Junior (2002) e David Damrosch
(2003). A análise se efetiva com observações de uma literatura que além de articular os elementos
narrativos em prosa poética é permeada pelo viés humanístico, engendrando temas do mundo
atual, indagando a vida no planeta Terra nesta aurora de século XXI.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 83238001 - VERA LUCIA DA ROCHA MAQUEA
Interno - 82321001 - ISAAC NEWTON ALMEIDA RAMOS
Interno - 82363001 - MADALENA APARECIDA MACHADO
Externo à Instituição - JOSALBA FABIANA DOS SANTOS - UFS
Externo à Instituição - VIMA LIA DE ROSSI MARTIN - USP
Notícia cadastrada em: 14/03/2024 09:01
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