A VARIAÇÃO SEMÂNTICA DO VERBO PASSAR SOB O ENFOQUE DA TEORIA ENUNCIATIVA
gramatica tradicional; estruturalismo; verbo; catalogação de palavras e marcador passar; Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas.
Este trabalho, inscrito na linha de pesquisa Estudos dos Processos de Significação do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), tem a pretensão de mostrar como se organiza o funcionamento do verbo PASSAR no português do Brasil, a partir da Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas (TOPE). Culioli (1990, 1999a, 1999b) inova ao apresentar à linguística uma nova maneira de se fazer ciência propondo a procura do dado linguístico como resultado da articulação entre a linguagem através da diversidade das línguas naturais. Neste trabalho, faremos uma delimitação histórica sobre a classe de palavras “verbos” e sobre os dicionários e catalogação de palavras com objetivo de entender o sentido “dado” pelo tradicionalismo e estruturalismo, visto que na TOPE o sentido não é dado e sim construído. Opomos a qualquer caracterização fundamentada em uma categoria cognitiva supostamente pré-estabelecida, ou em considerações cognitivas que não tenham em conta a observação das formas linguísticas. Assim intuímos que PASSAR e demais léxicos dos dicionários não tem a intenção de apresentar a identidade. Vemos apenas sentidos inventariados que apresentam resultados prontos em que não há um processo a ser construído. Nessa direção, embasados nos pressupostos teóricos da TOPE; através dos enunciados selecionados iremos compreender o funcionamento de PASSAR a partir do pré-construto e a representação visada de cada enunciado.