A SOLIDÃO COMO EXPERIÊNCIA NA CONSTRUÇÃO ESTÉTICA DE RICARDO GUILHERME DICKE
Ricardo Guilherme Dicke. Narrativas. Solidão. Experiência.
Esta pesquisa pretende realizar a leitura crítica das obras de Ricardo Guilherme Dicke, em especial Toada do Esquecido & Sinfonia Eqüestre (2006), Madona dos Páramos (1981), Rio Abaixo dos Vaqueiros (2000), Cerimônias do Sertão (2011a) O Velho Moço e outros contos (2011b), A proximidade do mar & Ilha (2011c), Os semelhantes (2011d) e com o intuito de refletir sobre a solidão como experiência na construção estética das obras selecionadas, tendo-a como meio para traçarmos um paralelo com os reflexos da contemporaneidade na compreensão do ser. O estudo está intercalado entre romances e contos que abordam a fragmentação do homem diante das transformações sociais, econômicas, culturais, políticas e questões existenciais tais como, medo, liberdade, buscas incessantes, vida, morte e solidão, temas recorrentes que se transformam num mosaico dickeano em que os dizeres dos personagens se expandem no espaço da linguagem e traçam um mapa dos sentimentose sensações do ser e estar no mundo. Pelos (des) caminhos da narrativa de Ricardo Guilherme Dicke será estabelecida a problematização dos aspectos entre tradição, modernidade, espaço, tempo, imaginação e realidade com modo como autor lê e vê a solidão. As discussões terão como aporte teórico os estudiosos Octávio Paz (1976), Norbert Elias (1998), Maurice Blanchot (2011), Gaston Bachelard (2000), (2010), entre outros que julgarmos necessários para compor o corpus desta pesquisa.