Banca de DEFESA: Rosangela Queiroz Garcia Leite Nogueira

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Rosangela Queiroz Garcia Leite Nogueira
DATA : 16/04/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Virtual
TÍTULO:

HISTÓRIAS DE LEITURA DE MULHERES EM SITUAÇÃO CARCERÁRIA


PALAVRAS-CHAVES:

histórias, leitura, mulheres, conhecimento, alunas, privação de liberdade


PÁGINAS: 179
RESUMO:

Trata-se de uma pesquisa que investiga as práticas de leitura de mulheres – alunas da Escola da Penitenciária Ana Maria do Couto May- MT, portanto, em meio às adversidades. O estudo nos impele a refletir sobre as histórias de leitura rememoradas pelas alunas participantes da pesquisa, no tempo presente, para, assim, compreender suas histórias, sentidos e significados que, em contexto de adversos – cumprindo pena –, daquela instituição dão às leituras ali realizadas. Tendo como objetivo mais amplo da pesquisa, compreender e verificar as histórias, sentidos e significados da leitura que as mulheres em contextos de crise dão às leituras realizadas em situação carcerária, e específicos – observar os fatores que reforçam ou limitam as práticas de leitura no espaço prisional; observar como a leitura auxilia no processo de subjetivação das entrevistadas; conhecer quais são os textos que ajudam a viver em tempos complexos. Embora a leitura seja reconhecida como um direito fundamental, nos deparamos com a problemática instalada em grande parte de nossa sociedade, a exemplo da baixa circulação da cultura escrita nas instituições familiares, escolares, e instituições prisionais e a escassez de programas de leituras e mediadores da prática leitora. Bem como a ausência de bibliotecas nas escolas entre outros espaços – a exemplo da prisão. Nesse quadro, nos valemos de abordagens metodológicas que coadunam com o estudo, em especial, a abordagem qualitativa do tipo etnográfico, proposta por Michèle Petit, ligada à antropologia da construção do sentido – inerente ao exercício da leitura. Com o intuito de responder à proposta da coleta de dados, lançamos mão da História Oral como “método”, a qual é “usada como a solução mais acabada de prática científica, valorizando as entrevistas, com atenção essencial aos estudos, centralizando-os como ponto central, privilegiado, básico das análises” das alunas ora socialmente em confronto com a lei (Meihy e Holanda, 2020), assim como buscamos subsídio nos estudos de Petit (2010) que investiga a arte de ler em contextos de adversos, assim como em autores que reconhecem a leitura como uma prática cultural e social ligada à história dos leitores, a exemplo de Chartier (1988) e Horellou-Lafarge e Segré, ligadas a sociologia da leitura (2010). Nesse universo, pudemos observar que as alunas entrevistadas leem, para além do conhecimento almejado por elas, em busca de novos sentidos e significados por meio de apropriações singulares dos livros por elas lidos, o que, em tempos difíceis, conforme Petit (2010), pode contribuir para a reconstrução de si, adquirindo forças para “costurar a tristeza” e resistir à diversidade. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 005.157.981-26 - EPAMINONDAS DE MATOS MAGALHAES - IFMT
Interna - 54869003 - MARINEI ALMEIDA
Interna - 83238001 - VERA LUCIA DA ROCHA MAQUEA
Externo à Instituição - ROBSON COELHO TINOCO - UnB
Externo à Instituição - ROSEMAR EURICO COENGA - UNIC
Notícia cadastrada em: 02/04/2025 09:01
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