DA INGENUIDADE AO FLUXO DO REVERSO: O DESCOBRIR-SE POÉTICO DE MÁRCIA DIAS EM “OS (DES)AJUSTES DA PALAVRA
Literatura; lírica; autoria feminina; memória.
Este trabalho possui como objetivo a análise da obra intitulada Os (des)ajustes da Palavra, publicado em 2019 pela poeta Márcia Dias. Nesse sentido, através da observação de alguns elementos que se destacam em sua linguagem, identificamos a subjetividade e a construção do sujeito feminino moderno. Tendo em vista esses aspectos, apresentaremos certa linearidade temporal de como a obra torna-se expressão do crescimento e desenvolvimento de um eu lírico que oscila entre o vai e vem do tempo de infância até a criação de uma maturidade imagética. Para tanto, valemo-nos, peculiarmente, de conceitos que promovem uma breve reflexão, a partir das considerações de Harold Bloom (1995) e Roberto Reis (1992) sobre o cânone literário, concepções teóricas de Hugo Friedrich (1991) e Octávio Paz (1984), além das contribuições de Maurice Merleau-Ponty (2011) e Gaston Bachelard (2009) acerca da memória no ato da percepção e do devaneio. E ainda o aporte teórico de Georges Bataille acerca das expressões da sensualidade, leveza e os desejos femininos. Procurando destacar o valor e a importância que envolvem a produção de autoria feminina, mais precisamente em Rondônia.