Banca de DEFESA: MICAEL FELIPE DE MORAES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MICAEL FELIPE DE MORAES
DATA : 19/07/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

FITOGEOGRAFIA E VARIAÇÃO FILOGENÉTICA DE TÁXONS ARBÓREOS EM ÁREAS DA BACIA AMAZÔNICA BRASILEIRA INFLUENCIADAS POR BARRAGENS HIDRELÉTRICAS


PALAVRAS-CHAVES:

Represas, Ecossistemas, Florística, Refúgio, Fatores locais, Filogenia, Diversidade de linhagens.


PÁGINAS: 86
RESUMO:

Represas hidrelétricas impactam a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas ribeirinhos, além disso, o caráter ecológico das espécies reflete a história biogeográfica de seus ancestrais. Os objetivos do presente estudo foram investigar as relações florísticas e a variação na diversidade e estrutura filogenética arbórea entre ecossistemas ripários associados a barragens hidrelétricas construídas na Amazônia brasileira bem como compreender a importância de preditores ambientais sobre a variação na composição, riqueza arbórea e nas métricas que descrevem os parâmetros filogenéticos dessas áreas. Revisamos as principais bases de dados online a fim de acessar as listas florísticas dos estudos conduzidos na área de influência de barragens hidrelétricas no período posterior ao início de operação. Consultamos diversas plataformas que incorporam informações sobre o clima, solo e topografia para obter variáveis ambientais com resolução espacial de 1 km. Com base no banco regional composto por 1.178 espécies arbóreas, geramos uma árvore filogenética usando o pacote "V.PhyloMaker". Calculamos as medidas de diversidade filogenética (PD) e de estrutura filogenética (MPD – Distância Média Pareada e MNTD - distância média do táxon mais próximo), bem como os seus correspondentes padronizados ses.PD, ses.MDP e ses.MNTD. Empregamos o método de mínimos quadrados generalizados (GLS) para testar o efeito das variáveis ambientais sobre as métricas filogenéticas. Descobrimos que a variação florística entre os diferentes ecossistemas da Bacia Amazônica afetados por hidrelétricas é condicionada à ação sinérgica de preditores ambientais e filtros espaciais, de modo que sítios geograficamente mais próximos foram mais similares quanto à composição de espécies arbóreas. Fatores ambientais locais foram determinantes no processo de montagem das comunidades, dentre os quais destacamos aridez, elevação, orientação de vertente (leste e norte), precipitação do trimestre mais frio e presença de fragmentos grosseiros no solo. Além disso, as áreas adjacentes a rios interrompidos por hidrelétricas exibiram um padrão de comunidades agrupadas e aleatórias. ses.MPD foi maior para a área de Balbina em comparação com as áreas de Teles Pires e Tucuruí. A MNTD foi maior em Balbina do que em Teles Pires, mas a diversidade filogenética (PD) foi maior em Teles Pires do que em Balbina e Jirau. Ademais, notamos que as variáveis edáficas foram as que mais se correlacionaram com ses.PD, ses.MPD e ses.MNTD. Surpreendentemente, a ses.PD diminuiu ao longo do gradiente de distância da fonte de drenagem principal, revelando que as áreas mais próximas ao rio abrigam maior diversidade de linhagens de árvores. Através dos preditores selecionados pelo modelo e das características intrínsecas das plantas associadas a barragens, sugerimos que quando são forçadas a colonizar as maiores altitudes buscando refúgio contra as condições anóxicas do filtro de inundação, elas precisam transpor a barreira da declividade e, ao atingirem as maiores altitudes, lidam com a rochosidade típica de solos menos profundos. Sugerimos que se evite a instalação de barragens em zonas de planície extensa, de baixa altitude, a fim de reduzir a mortandade de espécies intolerantes ao estresse causado pela inundação e que os esforços governamentais explorem as fontes alternativas de energia. Provavelmente, o tempo de exposição de nossas comunidades ao distúrbio é ainda insuficiente para ter causado grandes alterações na estrutura e diversidade filogenética, mas esses impactos poderão ser gravemente percebidos a longo prazo.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 253812001 - PEDRO VASCONCELLOS EISENLOHR
Interna - 986.188.651-68 - SIMONE MATIAS DE ALMEIDA REIS - UNEMAT
Externa ao Programa - 82319001 - SOLANGE APARECIDA ARROLHO DA SILVA
Externo à Instituição - EVERTON ALVES MACIEL - UNICAMP
Externo à Instituição - MARCELO BRILHANTE DE MEDEIROS - EMBRAPA
Notícia cadastrada em: 24/07/2024 07:00
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