Banca de QUALIFICAÇÃO: RONILCE MARIA PIRES DE MORAIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RONILCE MARIA PIRES DE MORAIS
DATA : 29/08/2025
HORA: 14:00
LOCAL: CELBE-PPGCA - meet.google.com/cyk-owrg-aay
TÍTULO:

Biologia floral de Garcinia brasiliensis Mart.


PALAVRAS-CHAVES:

Garcinia brasiliensis, Morfologia floral, Polinização, Pantanal, Inflorescência, Frutificação


PÁGINAS: 56
RESUMO:

A Garcinia brasiliensis é um arbusto endêmica do Brasil, que se adapta a ambientes úmidos com inundação periódica, como matas de galeria no Pantanal, florestas inundáveis da Amazônia e da restinga na Mata Atlântica do Brasil. Esta pesquisa teve como objetivo investigar a morfologia floral de Garcinia brasiliensis e sua relação com a polinização e o sucesso reprodutivo. O estudo foi realizado no Pantanal Mato-grossense em Cáceres - MT, em quatro sítios de amostragens. O estudo ocorreu de abril a novembro de 2024. Os eventos fenológicos de floração foram observados em 500 flores, retiradas de 28 plantas. As coletas ocorreram durante sete meses, com cinco dias por semana e três horas dedicadas a cada dia de coleta, totalizando aproximadamente 420 horas de observação (3 h/dia × 5 dias/semana × 28 semanas). A inflorescência de Garcinia brasiliensis é do tipo pedúnculo curto-dilatado, com ramificações monopodiais formando racemos, com dois a seis pedicelos que sustentam cada botão floral. Os botões florais foram verdes, com duas sépalas sepalóides, uma pétala branca e uma tépala petalóide. As flores possuem cálice com duas sépalas carnosas; corola com 4 peças diferentes entre si quanto a consistência, forma e cor. A flores bissexuadas foram dominantes (95,53%) e raras as flores estaminadas (4,47%). A floração ocorre de janeiro a novembro, com maior número de botões e flores em antese em agosto (38,95%), com ausência registrada em março. Em janeiro e setembro, as flores em antese apresentaram proporção superior a 13% e os botões iniciais superior a 4%. Os visitantes florais identificados pertencem às famílias Apidae (Meliponini), que foram os mais frequentes (75%), e Vespidae, a visitação foi em um número reduzido de plantas. A frutificação ocorre de abril a outubro com fruto maduro de coloração amarela e tamanho de pequeno a grande (71,23%), e imaturo recente, verde pequeno e grande (8,77%). O tempo de maturação do fruto variou de 12 a 135 dias, com maior frequência entre 12 e 69 dias. A fecundação das flores foi de 68,06%, resultante da formação de frutos. A maioria dos frutos continham uma semente (76,71%), alguns com duas sementes (15,07%) e outros não possuíam sementes (5,48%). Esse padrão indica que a maioria dos óvulos foi fecundada (68,06%), dos óvulos não fecundados variaram um a três por flor. Logo, a morfologia floral de Garcinia brasiliensis, com flores bissexuadas, inflorescência em pedúnculo curto-dilatado, cálice com sépalas carnosas e corola com peças distintas, favorece a polinização e o sucesso reprodutivo em ecossistemas como o Pantanal.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 80797005 - CARLA GALBIATI
Interna - 83215001 - MARIA ANTONIA CARNIELLO
Externa ao Programa - 101355005 - LÚCIA BRAGA SOUSA
Notícia cadastrada em: 21/08/2025 19:56
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