Modificações ambientais e sua influência na produção, qualidade e ecofisiologia de tomateiros na Amazônia Mato-Grossense
Ambiente, Cultivo protegido, Materiais de cobertura, Temperatura, Tomaticultura.
Os desafios encontrados no cultivo de hortaliças a céu aberto, somado as mudanças climáticas em curso, resultam na necessidade de se desenvolver mecanismos de controle ambiental, adequados as diferentes condições climáticas, em regiões de intensa disponibilidade de energia solar e alta temperatura, são necessários meios de controle que alterem o ambiente sem prejudicar a qualidade e a produtividade das culturas. O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos de um ambiente de cultivo, com um telhado experimental, coberto por placas de policarbonato alveolar (PL), pelas quais foi aplicada uma lâmina de água fluida, e comparado a um ambiente convencional de cultivo coberto com filme agrícola (FA), sob as condições climáticas tropicais da Amazônia mato-grossense. Os ambientes foram cultivados com o hibrido de tomate tipo italiano Fascínio em vasos, nos espaçamentos 20, 30, 40, 50 e 60 cm, durante os meses de junho a outubro. No ambiente PL foi verificada uma redução de 42% da transmissividade da radiação global, 26% da radiação PAR, 1°C na temperatura ambiente média, 5°C na temperatura média das folhas e uma menor taxa de transpiração. No ambiente FA foi verificado maior taxa fotossintética, condutância estomática, concentração de fenóis, βcaroteno, cromaticidade e produção de frutos pequenos, enquanto frutos de maior diâmetro e maior massa média de frutos foi observado no ambiente PL, assim como maior produção de licopeno, atividade antioxidante, maior área foliar e altura de plantas. Com relação a umidade relativa média, produção total, produção comercial, número de frutos comerciais, % de perda, massa seca de folhas e caules, diâmetro de caules, °Brix, textura e angulo h°, não ocorreram diferenças significativas entre os ambientes. Com relação à produtividade comercial, o tratamento 20 cm se destacou com a maior média de 144 t/ha-1 seguida pelo tratamento 30 cm com 114 t/ha-1.