Banca de DEFESA: MAÍSA BARBOSA LAUTON

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAÍSA BARBOSA LAUTON
DATA : 26/02/2022
HORA: 13:30
LOCAL: sala de vídeo conferência
TÍTULO:

TRILHA ECOLÓGICA INTERPRETATIVA: DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA À ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICÊNCIAS


PALAVRAS-CHAVES:

Conservação, Inclusão social, PcDs.


PÁGINAS: 79
RESUMO:

O bioma Amazônico possui um significativo valor biológico e socioambiental para o mundo, abrigando grande diversidade de espécies da flora, da fauna e de conhecimentos tradicionais de comunidades locais, por isso, as questões ambientais devem ser trabalhadas de forma que as pessoas entendam a real importância da preservação e conservação do meio ambiente. Entrando neste cenário a Educação Ambiental, deve-se estimular a sensibilização, solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e interação entre as culturas. A problemática da falta de acessibilidade em trilhas ecológicas para todas as pessoas, incluindo as com deficiência (PcD), nos motivou formularmos o presente trabalho, que teve como objetivo, construir uma trilha ecológica interpretativa em uma área de conservação no Sul da Amazônia, como instrumento de contato direto com a natureza, garantindo a acessibilidade inclusive por parte de pessoas com deficiências, sejam elas de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. A trilha foi aberta em uma área de 500 hectares de mata nativa amazônica, localizada na área experimental da Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira (CEPLAC) no município de Alta Floresta, ao Sul da Amazônia Mato-grossense. A trilha seguiu os fundamentos e planejamento de trilhas do ICMBio, classificando-a como “Trilha classe 5 (intervenção alta), tendo adaptações ao longo do percurso, visando a acessibilidade e inclusão social, além de momentos de interpretação na trilha, com o aguçamento dos cinco sentidos. Para a coleta de dados utilizamos como instrumento de pesquisa a aplicação de questionários. Realizamos 11 visitas, atendendo 107 pessoas voluntárias, 81 pessoas sem deficiências (76%) e 26 pessoas com deficiências (PcDs) (24%), as quais abrangem: Visual (cegos e baixa visão); Auditiva (surdos); Física (cadeirante e baixa mobilidade); Intelectual e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Trazendo o foco para as principais perguntas, nos questionários aplicados antes da visita, quando questionados se conheciam a floresta de nossa região, 28% disseram que conheciam razoavelmente, 23% disseram conhecer bem e 24% conheciam muito bem. E, cerca de 40% dos visitantes, disseram ter conhecimento razoável sobre as plantas e animais da região e 28% disseram ter um bom conhecimento a respeito da fauna e flora. E para os questionários aplicados depois da visita, cerca de 68% dos voluntários disseram ser muito boa a conexão com a natureza através da trilha e que serviu como uma eficiente ferramenta e quanto experiência sobre acessibilidade e inclusão ao andarem na trilha, 13% das 26 pessoas com deficiências (PcDs) disseram ter sido boa a experiência. Constatamos aprovação aceitável dos visitantes por meio das análises das perguntas feitas a cada um deles. Logo, a construção da trilha revelou ser um instrumento eficiente de contato direto com a natureza, trazendo o foco dos conhecimentos da floresta amazônica, além de trazer à tona a opinião das PcDs que, por muito tempo, foram excluídas de experiências dentro de uma floresta. Por isso, acreditamos que nosso trabalho serviu como uma nova prática educativa sob um viés pedagógico da inclusão e acessibilidade, servindo de base para estudos futuros com trilhas deste modelo, sendo este estudo pioneiro na região.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 96420004 - IVONE VIEIRA DA SILVA
Interno - 253817001 - JULIANA GARLET
Externo à Instituição - LUCAS EDUARDO ARAÚJO SILVA - UFPA
Notícia cadastrada em: 15/02/2022 10:04
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