Identificação de espécies de Passiflora silvestre como potenciais fontes de resistência ao patógeno de solo fusarium oxysporum f. Sp. passiflorae
Amazonia, fruticultura, fitopatologia
O maracujazeiro cientificamente conhecido como Passiflora edulis, é uma planta tropical de grande relevância econômica e social. O Brasil, se destaca como o principal produtor mundial dessa fruticultura. Em 2021, o país colheu 693.993 toneladas em uma área de 44.827 hectares, com uma produtividade média de 15.259 Kg/ha. Contudo, desafios fitossanitários causados por patógenos do solo relacionado as doenças como a Podridão-do-colo e a Fusariose, são as que se destacam por impactar negativamente a produtividade e sobrevivência da cultura do maracujazeiro. Neste contexto, este trabalho visa avaliar a resistência de duas espécies de maracujá silvestre, Passiflora miniata e Passiflora cristalina a infecções causadas pelo fungo patogênico do complexo Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae. O experimento será conduzido utilizando mudas de Passiflora provenientes de sementes germinadas em tubetes de 100 cm³, contendo substrato comercial Carolina Soil®. As raízes dessas mudas serão imersas em uma suspensão de esporos Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae, ajustada para uma concentração de 1x10⁶ esporos por mL⁻¹. A resistência das plantas será avaliada por meio do Tempo Médio de Sobrevivência (TMS) e do Número de Plantas Vivas (NPV), com avaliações realizadas a cada 24 horas, do 3º ao 60º dia após a inoculação. O delineamento será Inteiramente Casualizado (DIC), serão avaliados quatro genótipos P. miniata, P. cristalina, P. nítida (tratados com F. oxysporum) e P. edulis (controle negativo), sendo quatro repetições por tratamento, com seis plantas cada, totalizando 96 plantas avaliadas. Os dados obtidos serão submetidos à análise de variância e, em caso de significância pelo teste F, as médias serão comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O software estatístico R será utilizado para as análises.