Pré-melhoramento de pau de balsa (Ochroma pyramidale Cav. ex Lam. Urb.)
Melhoramento florestal, Predição, Propagação vegetativa
O pau de balsa é uma espécie nativa da Amazônia, com ocorrência no Brasil e países vizinhos, possuindo como característica baixa densidade da madeira, sendo empregada nas indústrias náutica e aeronáutica, indústrias moveleira até para fins medicinais. Devido à sua característica de crescimento rápido, silvicultores no estado de Mato Grosso realizaram a implantação de cultivos comercias, porém com mudas sem seleção e padronização e pouca informação da cultura. Com o intuito de promover o pré-melhoramento da cultura, o objetivo deste trabalho foi estimar a densidade básica da madeira in situ, selecionar e avaliar a variabilidade fenotípica entre os indivíduos plantados no Mato Grosso e validar técnicas de propagação vegetativa propostas para a espécie. Para a predição da densidade da madeira, utilizou-se o equipamento Pilodyn em 20 árvores adultas. Para cada indivíduo foram determinados três pontos amostrais: na base do tronco, a 1,30 m e 3,10 m, na face norte e sul na árvore. O uso do Pilodyn para a predição da densidade básica da madeira no pau de balsa demonstrou-se eficiente e aplicável quando realizada a 1,30 m de altura. Para o ranqueamento e divergência fenotípica, foram selecionados 70 indivíduos de pau de balsa, de sementes oriundas do Brasil e Equador. Foram obtidas as seguintes medidas: altura total do indivíduo, DAP e densidade básica da madeira. Foi realizada a matriz de dissimilaridade Euclidiana, e o método de otimização de Toucher. Verificou-se a ocorrência de variabilidade entre os indivíduos, com a formação de nove diferentes grupos, com destaque para os genótipos A09 e A14, ambos de origem equatoriana. Para a propagação vegetativa foram conduzidos dois experimentos. Para tal foram selecionadas 240 estacas provenientes de 10 matrizes. Os tratamentos foram realizados com diferentes concentrações de AIB, em DIC, com 4 repetições. Foi analisado a porcentagem de sobrevivência, calosidade e formação de raízes após 60 dias. Verificou-se que após o este período, os tratamentos não obtiveram resposta significativa para formação de raízes, e apresentaram baixa sobrevivência, inviabilizando a propagação vegetativa do pau de balsa por estaquia. Indica-se o Pilodyn para avaliação in situ da densidade da madeira a 1,30 de altura; os plantios analisados apresentam variabilidade fenotípica e seleção, com destaque para árvores de origem equatoriana; a propagação vegetativa por meio da estaquia se mostrou inviável para a espécie.