Banca de DEFESA: ZACARELI MASSUQUINI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ZACARELI MASSUQUINI
DATA : 05/04/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

RISCO AMBIENTAL DOS HERBICIDAS EM SISTEMAS AGRÍCOLAS NO ESTADO DE MATO GROSSO E USO DO GLYPHOSATE PARA O MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Pesticidas, Toxicologia, Risco Ambiental, Gossypium hirsutum L., Manejo de plantas daninhas


PÁGINAS: 101
RESUMO:

Com as extensas áreas de cultivos no Brasil, com destaque para o estado de Mato Grosso um dos maiores produtores de grãos e fibras do país, frequentemente ocorrem problemas fitossanitários, que tem aumentado o uso de pesticidas nos sistemas de produção. Nesse sentido, existe uma grande preocupação o quanto esses pesticidas podem ser prejudiciais ao ambiente, e a proposta do Índice de Risco Ambiental (IRA) serve como uma ferramenta para gerir os impactos ambiental dos herbicidas. Além disso, a busca por estratégias como o uso correto de herbicidas em doses e estádios corretos de aplicação, tem se tornado adequações promissoras visando diminuir a grande exposição e efeitos deletérios dos herbicidas no agroecossistema ambiental. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram: (i) realizar um IRA baseado nos principais herbicidas utilizados no controle de plantas daninhas nas culturas do algodão, soja e milho no estado de Mato Grosso; (ii) utilização do glyphosate, um dos herbicidas mais utilizados na agricultura atual, no manejo de plantas daninhas na cultura do algodão. Os dados do montante de herbicidas consumidos foram coletados junto ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA), e a suas características físico-químicas obtidas do Pesticide Properties Database (PPDB) da Universidade de Hertfordshire, na Inglatera, do Pesticide Properties Database (PPD) do Departamento de Agricultura dos EUA e monografias do IBAMA. Os parâmetros utilizados para IRA foram: persistência no solo, lixiviação, volatilidade, dose recomendada e perfil toxicológico dos herbicidas. Em relação ao manejo de plantas daninhas no algodão, foram realizados testes a campo durante a safra 2021/22, sujeitos a avaliação de 13 tratamentos sendo utilizados os herbicidas glyphosate, pyrithiobac-sodium e trifloxysulfuron-sodium, de forma isolada e em associação, diferindo no sistema de aplicação. Os principais herbicidas utilizados para controle de plantas daninhas nas lavouras de soja, milho e algodão no Mato Grosso nas últimas três safras, somam um montante de 197.605.569 kg de ingredientes ativos (i.a.) cujo os principais que representam mais de 98% do todo consumo, foram ordenados de forma decrescentes de risco ambiental: Atrazine > diuron > trifluralin > glyphosate > 2,4-D > clomazone > S-metolachlor > diquat ≥ haloxifop > clethodim ≥ glufosinate-amonnium. Os herbicidas, atrazine, MSMA, diuron, trifluralin e pendimethalin, foram os i.a. que apresentaram maior IRA, decorrente de suas maiores persistências no ambiente, perfil toxicológico e dose. O glyphosate é o maior montante comercializado, com IRA mais elevado, devido sua dose alta de utilização, no entanto sua persistência no ambiente, lixiviação e volatilidade são baixas. Quanto ao uso do glyphosate, houve controle significativo de plantas daninhas, sendo eficiente para tal, nas doses e épocas avaliadas, porém as misturas de glyphosate e trifloxysulfuron-sodium na primeira aplicação reduziu o potencial final do algodão, diferindo dos demais tratamento químicos. A exposição da planta de algodão ao glyphosate não reduziu o potencial produtivo. Diante dos resultados apresentados, espera que o IRA contribua no gerenciamento e planejamento eficiente que cause menor impacto ambiental. Dessa forma, essa ferramenta pode auxiliar em um manejo mais adequado de plantas daninhas. Por tanto, a utilização do glyphosate no sistema de cultivo do algodão RR, utilizado de forma isolado e em associação, é uma boa alternativa para o controle de plantas daninhas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 221918004 - MIRIAM HIROKO INOUE
Interno - 136121002 - ALESSANDRA REGINA BUTNARIU
Externo à Instituição - RUBEM SILVÉRIO DE OLIVEIRA JUNIOR - UEM
Notícia cadastrada em: 05/03/2024 13:29
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