A PLANTA TEXTO: UM ESTUDO SEMÂNTICO ENUNCIATIVO SOBRE AS FORTALEZAS CONSTRUÍDAS ENTRE OS SÉCULOS XVII E XVIII EM MATO GROSSO
Planta texto. Fortalezas Coloniais. Semântica do Acontecimento.
A enunciação permite falar sobre um nome inscrito na história. A pesquisa na Semântica do Acontecimento nos permitiu conhecer a história desse nome e, entender como, no funcionamento semântico ele produz sentido, e como produz. Assim, estudar os nomes dos fortes, Forte Nossa Senhora da Conceição (1759), mais tarde renomeado como Forte de Bragança (1774); Forte Nossa Senhora dos Prazeres do Iguatemi (1765); Forte de Coimbra (1776); Real Forte do Príncipe da Beira (1777) e Forte Junqueira (1871), construídos na Capitania de Mato Grosso, no período Colonial, significou, para nós, conhecer um passado real através da enunciação. Desse modo, esta tese pertence à área de concentração Estudo de Processos Linguísticos, inscrita na linha de pesquisa Estudos dos Processos de Significação do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística da Universidade do Estado de Mato Grosso (PPGL/UNEMAT). A base teórica desse estudo é a Semântica do Acontecimento desenvolvida pelo semanticista Eduardo Guimarães (2009, 2017, 2018), em consonância com Karin (2012, 2021), Dias (2013, 2018) e, outros teóricos de áreas distintas como a Engenharia Militar, teoria com a qual dialogamos em função do nosso objeto de análise, a planta arquitetônica de fortalezas construídas em Mato Grosso, período que corresponde ao final do século XVII e início do XVIII. Desse modo, buscamos fundamentar a planta como um texto e, especificamente mostrar como os elementos verbais e os não verbais ao se articularem produzem sentidos e, possibilitam a planta baixa significar enquanto texto.