O CONCEITO DE REPERTÓRIO LINGUÍSTICO FRENTE ÀS TEORÍAS BILÍNGUES: REPENSANDO O BILINGUISMO NOS SURDOS
Repertórios linguísticos, bilinguismo, pessoas surdas, translinguagem, língua de sinais
Esta pesquisa objetivou propor uma pedagogia de ensino para surdos baseada na concepção de repertórios linguísticos (Gumperz, 1965), que alenta à utilização de um banco de formas linguísticas no curso de uma interação socialmente significativa. Devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, não foi possível realizar coleta de dados, pelo que optamos por realizar uma revisão de literatura relacionada com o repertório linguístico, a translinguagem e a educação bilingue para surdos e transformá-la em uma pesquisa bibliográfica, que permite a identificação da fonte documental para dar resposta a determinados interrogantes. (BARRAZA, 2014). Um dos interrogantes mais comuns tem a ver com a imposição de utilizar só uma língua dentro do processo educativo e a divisão das línguas entre primeiras e segundas. As reflexões sobre a educação bilingue dos surdos e das teorias translingues servirão para propor uma pedagogia que envolva a validação dos repertórios em sala de aula, uso de recursos visuais como possibilitadores na compreensão e, o uso de práticas multimodais como legitimadores dos repertórios linguísticos dos surdos dentro do processo educativo. A interlocução entre as teorias e a proposta metodológica de uma educação bilingue para surdos deixa aberta a porta a novos entendimentos e propostas de investigação que permitam aprofundar mais no tema da educação bilingue para surdos.