Banca de DEFESA: Jurandir Zezokiware

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Jurandir Zezokiware
DATA : 12/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: google meet
TÍTULO:

NARRATIVAS ORAIS EM SALA DE AULA: A HISTÓRIA E O CANTO DE KOKOTERO


PALAVRAS-CHAVES:

Kokotero; Narrativa; Halit Paresi


PÁGINAS: 40
RESUMO:

 

A língua Haliti-Paresi pertence à família linguística Aruak, falada por um povo com o mesmo nome, no estado de Mato Grosso que fica a 500 km de Cuiabá. Atualmente os Paresí somam uma população de 3.000 pessoas, sendo 90% bilíngues em língua indígena e português. Na aldeia, entre si, se comunicam na língua materna, e com os não indígenas e outras etnias por meio da   língua portuguesa. Esta pesquisa visa apresentar aspectos relativos à história tradicional do povo Haliti chamada “Kokotero: a origem da mandioca” que narra as origens não só da mandioca, mas de outras plantas. A história narra que a mãe de Kokotero enterrou sua filha e dela nasceu a mandioca. Então, outras mulheres decidiram também enterrar suas filhas para ver se nascia mandioca: katyolalo enterrou sua filha e dela nasceu a katyola (mangaba), zohityalo enterrou sua filha e nasceu zohitya (cajuzinho), e zawacero enterrou sua filha e nasceu zawace/ ketewakolore (sem tradução). Essas frutas nativas se encontram no cerrado, no campo e na mata e essa história será investigada em diferentes contextos: cantada, narrada e nas bezenções. Por meio desta pesquisa da narrativa, serão analisados os aspectos semânticos das palavras homônimas, polissêmicas, sinônimos e as palavras que são mencionados no dia a dia, bem como, as palavras técnicas que serão averiguadas. Além disso, serão exploradas as diferentes espécies de mandioca que surgiram em um único pé, quantas ainda existem, quantas já foram extintas e quantas espécies de mandioca no total.  A partir da coleta de dados, os nomes das espécies serão registrados na língua materna Haliti, com versão em português. Toda a pesquisa será desenvolvida juntamente com os alunos do 5 a 9 ano da escola Municipal Indígena Formoso localizada no Município de Tangara da Serra MT, na Terra indígena Rio Formoso, aldeia Rio Formoso. Além de registrar os aspectos linguísticos dos textos, o registro da narrativa na língua materna, na íntegra, é de extrema importância para o fortalecimento da língua originária. As narrativas das histórias, como a de Kokotero, origem da mandioca apresentam muitas informações relevantes sobre a língua e a cultura do povo. Este estudo possibilitará a manutenção e fortalecimento da língua Haliti, contribuindo para a preservação da riqueza linguística e cultural que as línguas indígenas constituem.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 131915001 - ALEXANDRE MARIOTTO BOTTON
Interno - 131919001 - RAIMUNDO NONATO CUNHA DE FRANCA
Externo à Instituição - JOÃO CARLOS GOMES - UNIR
Notícia cadastrada em: 13/12/2023 08:16
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