ETNOMATEMÁTICA E CULTURA MATERIAL: OS SABERES PRODUZIDOS NA CESTARIA BALATIPONÉ
Povo Balatiponé; Etnomatemática; Educação Indígena; Urubamba.
O presente trabalho é resultado de um projeto de pesquisa desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Ensino em Contexto Indígena Intercultural. Tem como objetivo fortalecer a prática pedagógica no ensino de matemática na Escola de Tempo Integral Indígena Julá Paré com o uso da etnomatemática, presente na confecção das cestarias da cultura material Balatiponé, como os cestos de fibra de buriti, babaçu e urubamba, objetivando o desenvolvimento de estratégias de ensino nas áreas de Matemática, Ciências Naturais, Linguagem e Ciências Sociais, que são áreas previstas na Base Nacional Comum Curricular. Para o desenvolvimento da pesquisa tivemos como tema etnomatemática e cultura material: Os saberes produzidos na cestaria Balatiponé, pois seus trançados apresentam conceitos matemático e geométrico. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa foi a observação participativa, com alunos do 9º ano fundamental da Escola Estadual Indígena Julá Paré que fica dentro do território Indígena Umutina, aldeia Umutina município de Barra do Bugres/MT, a pesquisa aconteceu dentro do território com a participação dos artesões e dos professores. O resultado esperado, vem de encontro com a realidade da escola e dos alunos que demonstraram muito interesse tanto na confecção dos artefatos quanto nos conhecimentos transmitidos pelos anciões. Através desta pesquisa espera fortalecer o diálogo intercultural e interdisciplinar na Escola Indígena Julá Paré, com base na investigação dos conhecimentos da etnomatemática e saberes que estão presentes na confecção dos trançados em estudo. Para que seja possível articular esses ensinamentos com a prática pedagógicas.