EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM AUTISMO NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA – MT.
Educação Inclusiva. Meio ambiente. Escolas públicas. TEA.
A educação ambiental e a inclusão escolar são fundamentais no contexto educacional contemporâneo, especialmente no Brasil, onde a diversidade social e as desigualdades educacionais são desafios persistentes. No município de Alta Floresta, Mato Grosso, a rede pública estadual de ensino enfrenta o desafio de integrar práticas de educação ambiental com a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A educação ambiental, prevista nos Parâmetros Curriculares Nacionais, é interdisciplinar e prática, oferecendo oportunidades para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos alunos, incluindo aqueles com autismo. Entretanto, a inclusão escolar desses estudantes ainda enfrenta barreiras estruturais e pedagógicas. O diagnóstico de TEA abrange uma ampla gama de manifestações comportamentais, exigindo uma abordagem educacional personalizada e formação contínua dos educadores. A participação ativa de uma equipe multidisciplinar e das famílias é essencial para o sucesso da inclusão.
O presente estudo investiga como a educação ambiental contribui na inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ensino público estadual no município de Alta Floresta, Mato Grosso. A pesquisa busca compreender como as práticas pedagógicas voltadas à educação ambiental estão sendo implementadas nas escolas públicas locais e de que forma essas práticas contribuem para a inclusão de estudantes com autismo. Estruturado em dois capítulos, o estudo examina o papel da escola pública na garantia do direito à educação de qualidade para todos os alunos e foca na percepção dos profissionais de educação sobre a educação ambiental e inclusiva. A partir de uma abordagem qualitativa e quantitativa, foram traçados o perfil profissional dos professores participantes da pesquisa, foi realizada a análise do Projeto Político Pedagógico da escola e das práticas pedagógicas e estratégias utilizadas pelos educadores para adaptar atividades ambientais às necessidades específicas dos estudantes com TEA, bem como os desafios enfrentados no processo de inclusão. Os resultados revelam que, embora a educação ambiental seja uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento cognitivo e social desses estudantes, ainda há barreiras relacionadas à capacitação docente e de recursos pedagógicos adequados. Conclui-se que a integração eficaz entre educação ambiental e inclusão requer investimentos em formação contínua de professores e políticas públicas que promovam uma maior articulação entre as práticas pedagógicas inclusivas e os temas ambientais, visando a criação de um ambiente escolar mais acolhedor e inclusivo. Além de favorecer desenvolvimento integral dos estudantes com TEA e a formação de cidadãos engajados socioambientalmente.