MODELAGEM DO VOLUME DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS DA AMAZÔNIA
Manejo florestal
A Amazônia, maior floresta tropical do planeta, abriga uma vasta diversidade de espécies florestais, muitas das quais possuem valor comercial. A estimativa precisa do volume de madeira é fundamental para o manejo sustentável e a conservação desses recursos, além de ser essencial para o planejamento de atividades madeireiras e a avaliação de impactos ambientais. Este estudo teve como objetivos: (1) ajustar equações volumétricas para espécies florestais nativas da Amazônia, utilizando os modelos de Schumacher-Hall e Spurr; (2) verificar se uma única equação generalista pode ser aplicada com confiança para estimar o volume de diferentes espécies individualmente e para um conjunto de espécies (mix); e (3) estabelecer uma altura média das árvores exploradas na área de estudo. Foram utilizados dados de cubagem rigorosa de 17 espécies comerciais, coletados no município de Tabaporã, Mato Grosso. Os dados foram divididos em subconjuntos específicos por espécie e um conjunto genérico (mix de espécies), sendo 80% dos dados utilizados para ajustar os modelos e 20% para validação. Os resultados mostraram que ambos os modelos, Schumacher-Hall e Spurr, apresentaram desempenho semelhante, com coeficientes de determinação ajustados (R²aj) elevados e erros padrão dos resíduos corrigidos (Syx%) próximos. A análise dos resíduos indicou que as estimativas foram equilibradas. O fator de forma médio encontrado para o mix de espécies foi inferior ao valor padrão utilizado no estado, sugerindo a necessidade de ajustes específicos para cada espécie. Além disso, a análise da relação entre a altura explorada e a altura fornecida mostrou tendências de superestimação para árvores menores e subestimação para árvores maiores, o que pode estar relacionado às dificuldades de medição em florestas tropicais densas.