O fundamento profissionalizante do egresso visa à superação das limitações pela implantação de uma nova orientação, a partir de uma abordagem da visão sistêmica, podendo assim formar profissionais autônomos, capazes de aprender e apreender, de serem criativos e empreendedores.
Que os profissionais formados sejam capazes de aplicar conhecimentos às situações e problemas reais, através de uma permanente interação com os setores agropecuários, visando alcançar formas de participação no diagnóstico e superação de problemas e desafios. Conduzir pesquisas, gerando e adaptando técnicas e tecnologias agropecuárias que visem aperfeiçoar a autonomia e a eficiência dos agroecossistemas, por meio de processos e insumos sustentáveis para o ambiente natural e viável para a economia da região e do Estado.
As disciplinas caracterizadas como sendo do núcleo de conteúdos profissionais e específicas vão capacitar o profissional a atender às peculiaridades locais e regionais e darão uma identidade própria ao projeto institucional.
O equilíbrio e a complementação disciplinar do curso, nas áreas fitotecnicas e zootécnicas permitirão ao Bacharel em Agronomia formado no Campus Universitário de Nova Mutum somar conhecimentos na área de produção do sistema agrário a nível empresarial e coletivo com sustentabilidade e vivência do contexto ambiental em que está inserida a sua Universidade de formação. Além de um profissional com pleno conhecimento da gestão agropecuária nos biomas pantanal, cerrado e floresta amazônica.
A Agronomia possui um mercado de trabalho bastante amplo quando comparado às demais engenharias, sendo que as atividades profissionais do Engenheiro Agrônomo são desenvolvidas em diversos campos, tais como:
1. Associações de produtores e produtos agrícolas;
2. Cooperativas agrícolas;
3. Empresas de secagem, beneficiamento e armazenamento e silagem de grãos;
4. Empresas de construção rural;
5. Empresas de consultoria e projetos;
6. Empresas de gestão e avaliação de impactos ambientais;
7. Empresas de medição topográfica e cartográfica;
8. Empresas de planejamento agropecuário;
9. Empresas de produção agrária;
10. Empresas de produção agropecuárias;
11. Empresas de produção e comercialização de equipamentos do meio rural;
12. Empresas de produção e comercialização de máquinas e implementos agrícolas;
13. Empresas de tratamento de resíduos e saneamento ambiental;
14. Instituições de desenvolvimento e extensão agropecuária;
15. Instituições de pesquisa agropecuária e desenvolvimento tecnológico;
16. Laboratórios de análises agrícolas;
17. Magistério superior e técnico de nível médio;
18. Órgãos de Governo de âmbito Federal, Estadual e Municipal;
19. Parques e reservas florestais.
As atividades do Engenheiro Agrônomo são reguladas pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), conforme Resolução n° 06 de 11 e abril de 1984 e parecer do Conselho Federal de Engenharia n° 01/84 e das Diretrizes Curriculares dos cursos de Agronomia – julho de 1998 – CONFEA.
Segundo a Resolução n. 1/2006-CNE/CES, o curso de Agronomia deve possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades:
a) projetar, coordenar, analisar, fiscalizar, assessorar, supervisionar e especificar técnica e economicamente projetos agroindustriais e do agronegócio, aplicando padrões, medidas e controle de qualidade;
b) realizar vistorias, perícias, avaliações, arbitramentos, laudos e pareceres técnicos, com condutas, atitudes e responsabilidade técnica e social, respeitando a fauna e a flora e promovendo a conservação e/ou recuperação da qualidade do solo, do ar e da água, com uso de tecnologias integradas e sustentáveis do ambiente;
c) atuar na organização e gerenciamento empresarial e comunitário interagindo e influenciando nos processos decisórios de agentes e instituições, na gestão de políticas setoriais;
d) produzir, conservar e comercializar alimentos, fibras e outros produtos agropecuários;
e) participar e atuar em todos os segmentos das cadeias produtivas do agronegócio;
f) exercer atividades de docência, pesquisa e extensão no ensino técnico profissional, ensino superior, pesquisa, análise, experimentação, ensaios e divulgação técnica e extensão; e
g) enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mundo, do trabalho, adaptando-se às situações novas e emergentes.
Este Projeto Político-Pedagógico segue as metodologias e princípios do Plano de Desenvolvimento Institucional (2017-2021) da Universidade do Estado de Mato Grosso “Carlos Alberto Reyes Maldonado” que tem como proposta estimular de forma interdisciplinar o aprendizado com a integração do ensino, pesquisa e extensão. É importante que o direcionamento metodológico atenda as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação e componha diferentes campos do saber dos componentes curriculares, além de atender as demandas da comunidade acadêmica e da sociedade, considerando a realidade socioeconômica do estado de Mato Grosso.
1.1 Relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão
Conforme a Constituição Federal de 1988, Art. 207, as universidades devem obedecer ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Dessa forma, a relação entre ensino, pesquisa e extensão deverá permear o curso de forma integrada a fim de oferecer uma educação superior pública de excelência, contribuindo na formação de profissionais competentes, reflexivos e capazes de se consolidarem na sociedade de forma humana e com princípios éticos.
A proposta deste PPC está associada às atividades de elaboração e apresentação de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), orientados por um docente do curso. Participação dos discentes em eventos científicos, apoiando-se em resultados de pesquisas, extensão e ensino. Envolverem-se em atividades de iniciação à pesquisa fomentadas por programas de pesquisa como Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Pesquisa (PIBIC), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PROBIC), além da participação em projetos de ensino, pesquisa e extensão relevantes à sociedade de Nova Mutum – MT e municípios circunvizinhos.
1.2 Integração com a Pós-Graduação
Por ser um campus universitário relativamente novo na UNEMAT, com quadro docente efetivo ainda incompleto, o Campus Universitário de Nova Mutum não oferta cursos de pós-graduação stricto sensu; no entanto, diversos docentes do seu quadro participam de cursos de pós-graduação stricto sensu sediados em outros campi da IES. A integração do curso de Agronomia do Campus Universitário de Nova Mutum com a pós-graduação ocorre principalmente pelas atividades desses docentes, tanto ministrando aulas quanto nas orientações de discentes nos trabalhos de conclusão de curso (TCC) vinculados a projetos de orientados de mestrado/doutorado.
Nas atividades citadas, os discentes interagem não apenas com o docente, mas também com os estudantes de pós-graduação, tanto na condução dos trabalhos de pesquisa quanto participando juntos de eventos científicos com a publicação dos trabalhos científicos.
Como resultado da interação entre graduação e pós-graduação, temos o aumento da produção científica e do conhecimento, bem como diversos egressos do curso de Agronomia que, devido à experiência vivenciada, optaram por seguir seus estudos em nível de pós-graduação, sendo aprovados em diversas Instituições de Ensino Superior do país.
A integração da Pós-graduação com a graduação, nos cursos de Agronomia, Administração e Ciências Contábeis ocorre pela docência, pelas atividades de Pesquisa e extensão, pela orientação dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), participação nas bancas de defesa dos TCC e pelos programas de auxílio à iniciação científica e pelas atividades curriculares dos cursos de mestrado e doutorado da Universidade do Estado de Mato Grosso “Carlos Alberto Reyes Maldonado”.
O fortalecimento da pós-graduação resultou no aumento de produção científica e de conhecimento. Geralmente, os estudantes de graduação e pós-graduação participam juntos de eventos científicos com publicação de trabalhos ampliando a experiência e as relações com outras culturas e instituições de ensino. Além disso, foram estabelecidos novos convênios e termos de cooperação com empresas e cooperadores expandindo as relações com a Universidade.
1.3 Mobilidade estudantil e internacionalização
O Programa de Mobilidade Acadêmica foi criado com o intuito de permitir aos alunos de graduação das Instituições Públicas de Ensino Superior realizar intercâmbio entre elas e tem se tornado uma das principais modalidades de cooperação acadêmica internacional. Dessa forma, os estudantes têm oportunidade em conhecer culturas diferente e aperfeiçoar o currículo.
A política de mobilidade acadêmica da UNEMAT segue a Resolução 087/2015 que permite o vínculo temporário de discentes dos cursos de graduação em cursar disciplinas em outros campus em que seu curso é ofertado ou em Instituições de Educação Superior públicas, nacionais ou internacionais. Além disso, permite receber discentes de outras IES conveniadas ao programa e contribuir no compartilhamento de experiência e construção da autonomia acadêmica.
1.4 Tecnologias digitais de informação e comunicação no processo de ensino-aprendizagem
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), permitem a integração e a comunicação de indivíduos em uma rede, ampliando as habilidades e conhecimentos pelos meios tecnológicos. Conforme a portaria nº 1.134, de 10 de outubro de 2016, do Ministério da Educação (MEC), os cursos de graduação poderão ofertar disciplinas semipresenciais e incluir métodos e práticas de ensino-aprendizagem.
Atualmente, as Tecnologias Digitais de Informações têm influenciado na forma de trabalhar, comunicar, relacionar-se e aprender da sociedade. Nesse sentido, tornou-se necessário promover ensino e aprendizagem, oportunizando a inclusão digital. Este PPC contempla esta proposta por meio dos componentes curriculares de Núcleo Comum “TICs/Informática” nos cursos de graduação de Agronomia, Administração e Ciências Contábeis e disciplinas de formação específica no Curso de Agronomia.
1.5 Educação Inclusiva
A Educação Inclusiva deve acolher todas as pessoas com diferenças e limitações. Deve ser pensada e planejada para quem tem limitações físicas e/ou cognitivas (com QI acima ou abaixo da média), deve abranger todas as raças, credo, gênero e classe social. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/SEESP/2008) e a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (13.146/2015) permitiram os avanços e os direitos de pessoas com deficiência, assegurando um sistema educacional inclusivo em todos os níveis de ensino.
Em consonância com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/SEESP/2008) e a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (13.146/2015), a inclusão na Universidade do Estado do Mato Grosso, no Campus de Nova Mutum, contempla a educação inclusiva no convívio social, na estrutura das edificações com rampas de acesso e banheiro com adaptações necessárias para cadeirante, nas relações sociais, na relação professor-aluno, contemplando a individualidade do estudante, permitindo aprendizado efetivo. Além disso, disponibiliza por meio de contração por teste seletivo de profissionais técnicos especializados em Libras, ledor, transcritor/acompanhante para assegurar acessibilidade aos discentes deficientes matriculados e docentes.
Nenhum conteúdo disponível até o momentoAvaliação do Aprendizado
Na avaliação do aprendizado, o Curso de Agronomia atende às normas estabelecidas pela Resolução n 054/2011-Conepe, descritas em sua seção V, que determina que a avaliação do desempenho acadêmico seja realizada por meio de nota e entendida como um processo contínuo, cumulativo, descritivo e compreensivo, que busca explicar e compreender criticamente os resultados previstos neste Projeto Pedagógico do Curso.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem, portanto, é realizada de forma sistemática, priorizando atividades formativas e tendo como objetivo diagnosticar e registrar o progresso do discente e suas dificuldades; orientar o discente quanto aos esforços necessários para superar as dificuldades; e orientar as atividades de um novo planejamento dos conteúdos curriculares.
A avaliação da aprendizagem discente é realizada levando em consideração a assiduidade e o aproveitamento nos estudos, e contempla os conhecimentos, as habilidades e as atitudes no contexto de competências esperadas do futuro Engenheiro Agrônomo. Por isso, no tocante à avaliação do aprendizado do discente, o processo de avaliação, detalhado em cada Plano de Ensino, permite evidenciar até que ponto o discente pôde desenvolver sua visão do conhecimento e compreendê-lo, aliado ao desenvolvimento das competências previstas à sua formação profissional no decorrer do curso. A disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso (TCC), componente da Matriz Curricular, é avaliada conforme os itens descritos na Resolução n. 030/2012-Conepe.
Avaliação Institucional
A avaliação institucional tem como propósito investigar e avaliar as práticas realizadas na instituição, no sentido de conhecer e compreender a realidade. Requer, portanto, identificar suas necessidades, lacunas e potencialidades, de modo a favorecer tomadas de decisão que direcionem o trabalho e contribuam na superação das limitações e no enfrentamento dos desafios, tendo por base os objetivos institucionais propostos.
A Comissão Própria de Autoavaliação (CPA) é responsável pelos processos de autoavaliação, conforme o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) e às demais diretrizes normativas. Na UNEMAT, a Resolução n. 002/2005-Consuni estabelece as diretrizes para a constituição e funcionamento da Comissão Própria de Autoavaliação (CPA) em consonância com o SINAES.
A CPA tem como objetivo consolidar procedimentos avaliativos, tendo como referência a proposta do SINAES, que favorece o autoconhecimento da UNEMAT de forma a possibilitar os realinhamentos necessários às diretrizes propostas pelas políticas institucionais e a consecução dos objetivos que lhe são próprios como universidade pública, identificando as dificuldades, os pontos fortes e fracos e as sugestões de melhorias, traçando metas a curto, médio e a longo prazo que promovam a qualidade institucional.
A concepção de avaliação que sustenta o processo de avaliação institucional da UNEMAT é calcada na avaliação participativa, democrática e processual. Busca assim, desenvolver dentro da Universidade a cultura da avaliação que, assim pensada, não tem fim em si mesma, mas é um ato político, que procura oportunizar que todos participem do processo, investindo nas tomadas de decisão a partir dos dados coletados.
A CPA realiza reuniões ordinárias mensais e extraordinárias segundo determinações do seu regimento interno. Com a CPA, pretende-se avançar na construção da cultura da autoavaliação, como forma de exercitar a participação da comunidade acadêmica nas decisões institucionais, a partir dos resultados das avaliações.
Avaliação do Curso
A avaliação do curso de Agronomia da UNEMAT do Campus de Nova Mutum é um processo contínuo e permanente, realizada por meio de discussões entre instituições da área e com organizações de representação da sociedade civil, com vistas a identificar demandas, subsidiar teoricamente a construção de estratégias interventivas e ampliação do mundo do trabalho.
Busca-se também com a Avaliação do Curso a articulação com organizações da categoria profissional, de formação e instituições de ensino, visando construir pautas e fortalecer ações conjuntas de formação e afirmação social do profissional de Agronomia, movimento este que contribui no processo avaliativo externo do curso.
Outro aspecto relevante a ser considerado no processo avaliativo externo do curso são os resultados qualitativos apresentados nos Exames Nacionais de Desempenho dos Estudantes (ENADE), realizados periodicamente sob a coordenação do MEC, bem como o relatório de reconhecimento e renovação de reconhecimento de curso. Estes elementos constituem pauta de análise do Núcleo Docente Estruturante e do Colegiado do Curso.
O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) busca avaliar o desempenho dos discentes no início e ao final do curso, permitindo analisar a evolução do discente durante o período avaliado. Além disso, são considerados pelos avaliadores documentos como o Censo Educacional, o Projeto Pedagógico do Curso, e, no caso de avaliação institucional, o Plano de Desenvolvimento Institucional.
Autoavaliação do Curso de Agronomia
A autoavaliação gera conhecimentos fundamentais para o planejamento e para a ação que podem ser tomadas no intuito de implementar melhorias no curso de Agronomia. Vale ressaltar que a participação e interação entre os docentes, discentes e técnicos ligados ao curso é fundamental e indispensável no processo de autoavaliação. Este processo, quando bem conduzido, reflete no impacto do processo educacional por intermédio do pensar e do agir dos discentes/avaliadores (VIANNA, 2003). A autoavaliação permite que o curso identifique suas necessidades, que são múltiplas e variadas.
O curso de agronomia realiza a autoavaliação por meio do seu Núcleo Docente Estruturante (NDE), que busca trabalhar em conjunto com a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UNEMAT, instituída pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). A autoavaliação é realizada de forma semestral, e preferencialmente no andamento do semestre letivo para todas as turmas do curso de Agronomia.
Os instrumentos de avaliação são utilizados para o planejamento educacional e apontam as áreas e setores que precisam de melhorias. O curso é avaliado por meio de formulário online específico, tendo como indicadores o desempenho e qualificação docente e discente; a adequação dos conteúdos dos componentes curriculares, bem como dos processos pedagógicos vivenciados; a adequação do projeto do curso às demandas sociais e comunitárias e de contribuição aos processos de desenvolvimento locais/regionais; a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão na formação; as condições adequadas de infraestrutura física, de equipamentos, laboratórios e biblioteca; e a representatividade discente e docente nas decisões colegiadas.
De posse dos dados gerados na autoavaliação, o NDE realiza a análise, discussão e elaboração de um relatório com as informações obtidas no processo de autoavaliação. Esse relatório é disponibilizado para a Coordenação do Curso de Agronomia para que possa, por meio de reuniões dirigidas, apresentar os resultados e discutir com o corpo docente e representantes dos discentes e técnicos ligados ao curso. As informações geradas nos relatórios anuais poderão servir de base para a semana destinada ao planejamento e avaliação pedagógica.
A qualquer tempo, por iniciativa dos discentes, é possível incluir nas pautas das reuniões do NDE ou do Colegiado de Curso, itens relativos ao processo de avaliação do curso. Neste sentido, os docentes integrantes do processo formativo se encontram comprometidos na mobilização dos discentes para a participação em processos de discussão e avaliação, bem como para a participação ativa em suas representações nas instâncias deliberativas do Curso.
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