Banca de DEFESA: KARINA DE OLIVEIRA LUCIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KARINA DE OLIVEIRA LUCIO
DATA : 11/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual
TÍTULO:

A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E O INTERNETÊS: UM ESTUDO SOCIOLINGUÍSTICO SOBRE A LÍNGUA(GEM) EM MOVIMENTO


PALAVRAS-CHAVES:

Sociolinguística Educacional, Variação Linguística, Internetês, Contexto Escolar, Professores e Estudantes.


PÁGINAS: 138
RESUMO:

Esta pesquisa aborda sobre o internetês usado nas práticas comunicativas em redes sociais virtuais como processo da evolução da língua, sendo assim mais uma das variações linguísticas da nossa língua. Desse modo, este estudo justifica-se pela busca da compreensão dessa linguagem do ambiente virtual à luz da Sociolinguística Educacional. Sua origem emergiu a partir da inquietude de saber como o internetês é visto por professores e estudantes na sala de aula. Com a finalidade de refletir sobre o uso dessa modalidade virtual no contexto escolar, a pesquisa propôs analisar como ele é tratado no ambiente educacional, exclusivamente nas aulas de Língua Portuguesa, e se os estudantes e professores percebem o internetês como uma variação linguística. Para tanto, a pesquisa foi realizada com base em pressupostos sociolinguísticos encontrados nos estudos de Bortoni-Ricardo (2004; 2005; 2019) e Bagno (2007; 2009; 2015), entre outros; sobre o viés das tecnologias digitais, com autores como Barton e Lee (2015) e Recuero (2014), e outros; e sobre as concepções de espaço rural que aparecem em Amaral (2020), Cândido (2010) e demais estudiosos dessa linha. Neste sentido, a execução do presente estudo se deu, além da pesquisa bibliográfica, por meio de uma pesquisa de campo, realizada em uma escola do campo, situada na comunidade rural de Águas Claras, localizada no município de Juara no estado de Mato Grosso. A abordagem utilizada foi a de pesquisa qualitativa com pesquisa participante e análise interpretativista. A coleta de dados procedeu-se com suporte de entrevistas com os estudantes do 8° e 9° anos do ensino fundamental, 1°, 2° e 3° anos do ensino médio e com a professora de Língua Portuguesa, além da construção de um glossário com termos usados na internet pelos estudantes. Com relação aos resultados obtidos, foi possível constatar que, mesmo sem um trabalho efetivo em sala de aula sobre o internetês como uma variação linguística, os estudantes e a professora o reconhecem como parte dessa evolução. Quanto à interferência na escrita da norma-padrão, os dados mostram um índice mínimo, que se deve também ao fato de não haver um planejamento no ensino sobre essa modalidade de comunicação; isto porque os estudantes reconhecem os contextos de uso da escrita, mas alguns ainda não têm total clareza do assunto. Dessa maneira, ressaltamos a importância da Sociolinguística Educacional para o ensino das variedades e variações linguísticas em sala de aula, a fim de desmistificar mitos, como o que o internetês é um erro gramatical.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 74485019 - HELENICE JOVIANO ROQUE DE FARIA
Externo à Instituição - JUSCELINO FRANCISCO DO NASCIMENTO - UFPI
Presidente - 100828003 - NEUSA INES PHILIPPSEN
Notícia cadastrada em: 08/06/2022 16:23
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