Banca de DEFESA: JULIANNA ALVES BAHIA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANNA ALVES BAHIA
DATA : 23/05/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Sala virtual- GOOGLE MEET
TÍTULO:

A REPRESENTAÇÃO DA CASA E SEUS DESDOBRAMENTOS EM PEDRA CANGA E A DANÇA DO JAGUAR DE TEREZA ALBUES


PALAVRAS-CHAVES:

espaço; casa; fantástico; memória; Tereza Albues.


PÁGINAS: 127
RESUMO:

A presença do regionalismo mato-grossense, na maioria das obras de Tereza Albues, denota o comprometimento da escritora em resgatar e conservar a cultura, os hábitos, as tradições e dialetos do povo dessa região, com enredos fascinantes, envolventes e emaranhados de mistérios, com personagens intrigantes; tudo isso correlacionado a denúncias sérias de acentuada relevância social. Nesse contexto, o propósito desta pesquisa consiste em analisar a representação da casa e seus desdobramentos, como o fantástico, a memória e a identidade, nas obras de Tereza Albues, Pedra Canga (1987) e A dança do jaguar (2000), visando apreender as formas de representação do gênero romanesco a partir de duas realidades, a mato-grossense e a sanfranciscana, destacando, assim, o espaço notadamente místico e fantástico em suas narrativas. Para a elaboração do percurso histórico das produções literárias produzidas no Estado do Mato Grosso, situando nesse espaço as narrativas de Albues, o arcabouço teórico centra-se nos estudos de Mendonça (2015), Magalhães (2001, 2002), Nadaf (2004), Castrillon-Mendes (2020), Mahon (2021) e Walker (2021). Pedra Canga e A dança do jaguar são, respectivamente, o primeiro e o último romance publicados por Albues. Neste, a história se passa em São Francisco, nos Estados Unidos, e naquele, em Pedra Canga, pequeno vilarejo situado no interior do Mato Grosso, no Brasil. Porém, apesar da distância geográfica, as tramas possuem alguns pontos em comum. Os espaços dessas narrativas têm notória relevância, pois ambas se alicerçam em duas casas: em Pedra Canga, na casa dos Vergare, situada na Chácara Mangueiral, e, em A dança do jaguar, na casa Vitoriana, de propriedade dos Maltesa. Para discutir as questões pensadas, tomando a narrativa ponto a ponto, adota-se uma postura que prioriza a abordagem analítica dos aspectos intratextuais indissociáveis, ou seja, sem a concatenação por elemento estruturador, mas de forma simultânea, entrelaçando as categorias, embasando-se em teóricos como Bakhtin (1993), Genette (1995), Lins (1976), Dimas (1994), Bachelard (2000), Borges Filho (2007). Para as demais categorias, narrador e personagens, Friedman (2002), Leite, (2004) e Foster (2005). As narrativas de Tereza Albues evidenciam aspectos inerentes ao fantástico, traço recorrente em suas obras. Destarte, o suporte teórico utilizado nesta pesquisa, para esclarecer tal definição, abrange os estudos realizados por Todorov (1975), Rodrigues (1988), Furtado (1980) e Roas (2014); e, em relação aos estudos de memória que, consequentemente, se enveredam pela re(des) construção da identidade, a fundamentação está alicerçada em Halbwachs (1990), Le Goff (2003), Hall (2006), Gagnebin (2006), Ricoeur (2007), Assmann (2011). Quanto às questões identitárias, considerando que somos seres em contínua transformação e, portanto, em processo de (des)(re)construção da identidade, dentre os diversos aspectos que podem contribuir para as mudanças de nossa individualidade, a memória é o que mais influencia nesse percurso, visto que voltar ao passado, relembrar, reviver momentos é algo que faz pensar, refletir, ponderar e, muitas vezes, redimensionar e redirecionar a vida.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 82304001 - JESUINO ARVELINO PINTO
Interno - 133580001 - ADRIANA LINS PRECIOSO
Externo ao Programa - 23653001 - ELISABETH BATTISTA
Notícia cadastrada em: 10/05/2022 12:18
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