Banca de DEFESA: ALINE CRISTINA SOUZA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE CRISTINA SOUZA DOS SANTOS
DATA : 29/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Sala virtual
TÍTULO:

IDENTIDADE DA MULHER GORDA: a gordofobia no livro infantil A chata daquela GORDA, e no romance A Gorda.


PALAVRAS-CHAVES:

Literatura comparada. A chata daquela gorda. A gorda. Identidade. Mulher gorda.


PÁGINAS: 82
RESUMO:

A literatura complementa a construção da identidade humana por meio da reflexão que promove, dando acesso às mais variadas culturas por meio da expressão individual e do pensamento. Obras contemporâneas com protagonistas gordas não passaram por uma análise crítica que aponte se há uma representatividade positiva da sua identidade ou reforço de preconceitos como a gordofobia. Este trabalho tem como objetivo analisar e sintetizar aspectos formadores da identidade das personagens femininas gordas em duas obras da literatura de língua portuguesa contemporânea: o livro infantil A chata daquela GORDA (2005) de Regina Drummond e o romance A Gorda (2016) de Isabela Figueiredo. A opção por este tema leva em conta a importância de investigar a representação literária de duas protagonistas pertencentes a um grupo estigmatizado em suas vivências infantis e experiências adultas. Partindo dos percursos de autoconsciência das mulheres escritoras estabelecido por Elaine Showalter (1977), analisamos as obras dentro do Bildungsroman e como a trajetória das protagonistas relacionam-se com o discurso de Susie Orbach (1978) da gordura como uma questão feminista. A construção dos elementos de identidade das protagonistas segue a manifestação de gordofobia presentes na estética e enredo de ambos os livros, conectando-os com os registros de experiências reais de mulheres gordas na sociedade brasileira contemporânea colhidos por Agnes Arruda (2019) e Maria Luisa Jimenez (2020). A mulher gorda recebe tratamento diferenciado carregado de exclusão, humilhação e violências em todas as áreas de sua vida, principalmente no ambiente escolar e familiar. Esse comportamento gordofóbico baseado no preceito de que o corpo gordo é “ruim” normaliza o preconceito fazendo com que a vítima internalize estes discursos discriminatórios. O “final feliz” das protagonistas gordas destas obras remete à solução dos problemas pelo emagrecimento, matando sua identidade gorda figurativa e literalmente.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 29189002 - ANTONIO APARECIDO MANTOVANI
Interno - 133580001 - ADRIANA LINS PRECIOSO
Externo à Instituição - MARIA LUISA JIMENEZ JIMENEZ - UFRJ
Notícia cadastrada em: 14/12/2021 17:56
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