Banca de DEFESA: MARILIA GABRIELA BARROS DE MORAES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARILIA GABRIELA BARROS DE MORAES
DATA : 06/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Unemat Sinop (modalidade on-line)
TÍTULO:

Decolonialidade e o fim do mundo em A queda do céu, de Bruce Albert e Davi Kopenawa


PALAVRAS-CHAVES:

Literatura brasileira. Literatura indígena. Yanomami. Colonialismo. 

 


PÁGINAS: 101
RESUMO:

Este estudo tem como objeto de pesquisa a obra A queda do céu: palavras de um xamã Yanomami (2015), de Bruce Albert e Davi Kopenawa. O objetivo do trabalho é analisar o caráter decolonial da narrativa com aporte teórico de Quijano (2009), Mignolo (2017), Santos (2009), Munduruku (2018), Dorrico (2018, 2019, 2020), Jecupé (1998) e outros autores literários e teóricos indígenas que estabelecem diálogo com esta teoria. O presente texto se divide em duas partes: na primeira, serão evidenciados a constituição e características da literatura oral, literatura oral-escrita e a apropriação da escrita por Davi Kopenawa com base nos estudiosos da teoria da literatura: Almeida e Queiroz (2004), Cândido (1995), Scholes e Kellogg (1977), Jolles (1976) e Motta (2007). São analisados também os fatores extraliterários da narrativa, como a vida e obra dos autores, com maior ênfase no autor indígena; bem como o percurso das obras que elegem o indígena como protagonista na literatura brasileira para entender o surgimento da literatura de autoria indígena nos anos 1990. No segundo momento, serão analisados os conceitos de mito, sagrado e profano à luz do teórico Mircea Eliade (1972, 1992), a construção e a dinâmica das imagens oníricas nas constituições ideológicas da narrativa e por fim a crença apocalíptica que sugere a queda do céu, de acordo com o sistema mítico Yanomami e sua relação com a ação do não indígena na depredação da floresta e na morte dos xamãs. A queda do céu (2015) propõe a reescrita dos textos canônicos e a dialogia das epistemologias vigentes nos espaços do saber. É um exemplar de um corpus literário em que as narrativas são oriundas dos povos nativos desfavorecidos do processo colonial e expõe as feridas da colonização, diferentemente das obras literárias classificadas como indianista e indigenista. Como resultados parciais, de acordo com o estágio atual do estudo, foram evidenciadas nuances da literatura oral-escrita Yanomami, as concepções relacionadas ao conceito de mito de acordo com a proposta de descentralização de epistemologias, a responsabilidade dos povos da mercadoria no processo da hecatombe apocalíptica e a importância da literatura indígena como instrumento de diálogo sobre as diversas formas de conhecimento.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 132031001 - HENRIQUE RORIZ AARESTRUP ALVES
Externo à Instituição - IVETE LARA CAMARGOS WALTY - PUCMinas
Externo à Instituição - LUZIA APARECIDA OLIVA - UNEMAT
Interno - 131982001 - ROSANA RODRIGUES DA SILVA
Notícia cadastrada em: 19/07/2021 14:51
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