Alfabetização Científica e Educação Ambiental: Índice de Integridade de Habitat (IIH) associado ao estudo de bioindicadores Odonatos como estratégia de ensino
Mudanças climáticas, Heteroneidade ambiental, libélulas.
Consideradas como bioindicadores de qualidade do ambiente, espécies de libélulas podem ser encontradas em ambientes antropizados, sendo algumas consideradas oportunistas e outras resistentes a estes ambientes. Outras espécies ocorrem em ambientes de mata ciliar preservados, sendo vistos como especialistas ou territorialistas. São predadoras vorazes, responsáveis pela regulação de algumas populações de insetos nas áreas em que ocorrem. Por serem predadores são facilmente afetados por variações na cadeia alimentar de seu habitat, devido a antropização, principalmente. Os adultos do grupo são mais sensíveis a antropização no ambiente e são excelentes para perceber variações ambientais e, inclusive, o grupo é considerado como um dos “barômetros macroecológicos” do aquecimento global. Através de estudos é possível para os alunos vivenciar o método científico através de um problema real, pesquisando fatores reais do/no ambiente, desenvolvendo seu protagonismo. Portanto, como forma de incrementar a educação ambiental e se desenvolver a alfabetização científica nos alunos propõe-se a análise de integridade de um trecho do Rio Membeca e de sua nascente, nos arredores da cidade de Campo Novo do Parecis – MT e relacionar estas informações com a assembleia de Odonatas do local, como grupo bioindicador de qualidade do ambiente. Consequentemente, as atividades a ser desenvolvidas buscam também produzir uma sequência exequível por outros professores que intentam incluir em sua abordagem pedagógica o ensino por investigação, ou seja, a alfabetização científica de seus alunos. Por fim, como forma de auxiliá-los em sua abordagem, propor-se-á um guia, para aplicação de uma SDI focando a Análise de Integridade Ambiental utilizando as Odonatas como bioindicadores.