Banca de DEFESA: JULIA RODRIGUES NOVAIS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIA RODRIGUES NOVAIS
DATA : 27/02/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

DINÂMICA DE PYROXASULFONE EM SOLOS COM TEXTURAS CONTRASTANTES

PALAVRAS-CHAVES:

herbicida, bioindicadores, lixiviação, residual

PÁGINAS: 61
RESUMO:

A utilização de herbicidas tem contribuído para a expansão da agricultura, os quais são utilizados para o controle de plantas daninhas e seu comportamento no ambiente é influenciado por diversos fatores. A permanência prolongada e a lixiviação excessiva dos herbicidas podem causar prejuízos ambientais e econômicos. O pyroxasulfone e o pyroxasulfone + flumioxazin são moléculas herbicidas recentemente registradas no Brasil e, por isso, faz-se necessário reunir informações sobre seu comportamento no ambiente. Neste sentido, a utilização de plantas bioindicadoras é uma alternativa acessível e eficaz na detecção de moléculas herbicidas no solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a sensibilidade de alface, pepino e sorgo aos herbicidas pyroxasulfone e pyroxasulfone + flumioxazin afim de determinar a espécie com maior potencial bioindicador em solos com diferentes texturas. Posteriormente, ao determinar a espécie bioindicadora, realizou-se um estudo sobre o comportamento do pyroxasulfone e pyroxasulfone + flumioxazin no ambiente, por meio da análise do potencial de lixiviação, realizado em solo franco-arenoso e efeito residual, em solos de texturas contrastantes. Para a seleção de bioindicadores, quatro experimentos foram realizados com dois tipos de solos (Latossolo Vermelho e Neossolo Quartzarênico). Os tratamentos consistiram em doses de pyroxasulfone (3,1; 6,2; 12,5; 25; 50 e 100 g i.a. ha^-1) e de pyroxasulfone + flumioxazin (3,1 + 2,07; 6,2 + 4,13; 12,5 + 8,33; 25 + 16,67; 50 + 33,33; 100 + 66,67 g i.a. ha^-1) aplicadas em pré-emergência e uma testemunha sem aplicação. A análise do potencial de lixiviação foi realizada por meio de um bioensaio em colunas de solo (Neossolo Quartzarênico), utilizando o pepino como bioindicadora. Foram simuladas irrigações de 0, 30, 60 e 90 mm, após a aplicação de pyroxasulfone (100 g de i.a. ha^-1) e pyroxasulfone + flumioxazin (100 + 66,67 g i.a. ha^-1). O estudo sobre o efeito residual será realizado em dois tipos de solos (Latossolo Vermelho e Neossolo Quartzarênico). Serão utilizadas duas doses de pyroxasulfone (100 e 200 g i.a. ha^-1) e de pyroxasulfone + flumioxazin (100 + 66,67 e 200 + 133,33 g i.a. ha^-1), sete épocas de aplicação (0, 15, 30, 45, 60, 75 e 90 dias entre a aplicação dos herbicidas (DAA) e a semeadura do bioindicador), uma testemunha sem aplicação e quatro repetições. A semeadura do bioindicador pepino será realizada ao 0 DAA. Para ambos os experimentos, as avalizações de fitointoxicação foi realizada aos 7 e 14 DAA, enquanto a altura de plantas, comprimento de raiz, biomassa verde e biomassa seca de ambos bioindicadores foram avaliados 21 DAA. Verificou-se que a alface foi a espécie mais sensível selecionada para ambos os herbicidas, no entanto, sua alta sensibilidade às condições climáticas adversas pode dificultar sua utilização em testes práticos. No entanto, pepino e sorgo também se mostraram candidatos potenciais como bioindicadores e podem ser utilizados em bioensaios para estes herbicidas. Para o experimento de lixiviação foi constatado que o aumento das lâminas de irrigação proporcionou deslocamento das moléculas herbicidas até a profundidade de 20-25 cm para o pyroxasulfone isolado e em associação com flumioxazin. Quando aplicado lâminas de 90 mm de água, observou-se maior interferência no desenvolvimento do pepino nas camadas mais profundas, evidenciando a maior lixiviação dos herbicidas quando submetidos a intensas precipitações. Em relação ao efeito residual, espera-se que o pyroxasulfone e pyroxasulfone + flumioxazin apresentem efeito residual superior no solo de textura argilosa, em relação à textura franco-arenosa e que provoquem fitointoxicação nas plantas bioindicadoras, sendo possível determinar o período que os herbicidas permanecem ativos no ambiente.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 221918004 - MIRIAM HIROKO INOUE
Interno - 138379001 - DEJANIA VIEIRA DE ARAUJO
Externo à Instituição - KASSIO FERREIRA MENDES - UFV