ANÁLISE PRODUTIVA E ECONÔMICA DO TOMATEIRO RASTEIRO SOB DIFERENTES COBERTURAS DE SOLO
Solanum lycopersicum L.; Mulching; Cobertura vegetal; Manejo do solo; Lucratividade.
A cobertura do solo é uma prática agrícola que pode oferecer vários benefícios às plantas e ao solo, pois promove o controle de plantas daninhas, diminui as perdas de água por evaporação, facilita a colheita e a comercialização de frutos, o produto é colhido mais limpo, com melhor qualidade e importante na melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, onde esta prática é muito importante no cultivo do tomate rasteiro com destino para o mercado in natura. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi realizar análises produtiva e econômica em cultivares de tomate de crescimento determinado, em diferentes coberturas de solo, avaliando o efeito da temperatura e umidade do solo, o custo de produção e a qualidade física, química e bioquímica de frutos de tomateiro, visando o mercado in natura. O experimento foi realizado a campo em delineamento em blocos casualizados sob esquema fatorial com duas cultivares de tomate determinado (Fascínio e Thaíse) e cinco manejos de cobertura do solo (Solo sem cobertura, mulching plástico, Sorgo, Capim Sudão e Milheto) com quatro repetições. Utilizou-se o sistema de irrigação por gotejamento por meio do qual também foi realizado a fertirrigação. Foram realizadas avaliações de produção referente aos manejos de cobertura do solo, aspectos físicos, químicos, bioquímicos de produtividade de tomate e custo de produção. Também avaliou-se a temperatura e umidade do solo ao longo do ciclo e ao final da produção total do tomateiro. Como resultados, considerando a produção de biomassa, o Milheto foi o que mais produziu, com valor de 9,10 t ha-1, seguido por Sorgo, Sudão e vegetação espontânea. Quanto a taxa de decomposição, o Milheto e o Capim Sudão apresentaram as menores taxas e, consequentemente, os maiores tempos de meia vida. As produções total e comercial foram influenciadas isoladamente pelas coberturas do solo e a não comercial pelas cultivares e cobertura do solo. A cobertura com mulching plástico proporcionou a maior produtividade total e comercial com 110,50 e 74,44 t ha-1 respectivamente, e os demais tratamentos não diferindo entre si. O manejo de coberturas do solo influencia na produção e qualidade de frutos de tomate, e a cultivar Fascínio tende a ter maior concentração de licopeno e β-caroteno. A cultivar Thaíse apresentou maior espessura da parede do fruto nos tratamentos sem cobertura e sorgo, não havendo diferença entre as cultivares para as demais coberturas. A cultivar Fascínio apresentou a maior espessura (13,98 mm) comparada a cultivar Thaíse (11,95 mm). A cobertura com mulching plástico proporcionou a maior temperatura do solo em relação aos tratamentos sem cobertura, capim sudão, sorgo e milheto. O tratamento sem cobertura do solo é o que apresenta menor amplitude térmica do solo para as profundidades de 0,05, 0,10, 0,20 e 0,30 m. O cultivo do tomateiro demonstrou possuir um elevado potencial de expressão econômica para a região de estudo, principalmente quando se utiliza mulching plástico, onde apresentou maior lucro operacional de R$ 138.875,76, seguindo dos tratamentos com Sorgo (R$ 123.712,05), milheto (R$ 117.825,25), sem cobertura (R$ 110.532,95) e capim sudão (R$ 99.654,02), sendo os custos com as operações manuais (19,61%), semente do tomate (9%), adubação (13,27%), mulching plástico (7,17%) e irrigação (19,80%) os maiores gastos observados na sua produção em relação ao custo operacional total (COT).