Banca de QUALIFICAÇÃO: Bianca Ferraz Rebelatto

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Bianca Ferraz Rebelatto
DATA : 06/07/2023
HORA: 13:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Relação entre florestas e a agricultura: como a vegetação nativa da paisagem influencia a produtividade agrícola?


PALAVRAS-CHAVES:

Produtividade de soja, paisagem, modelos de produtividade agrícola, serviços ecossistêmicos


PÁGINAS: 39
RESUMO:

A remoção em grande escala da vegetação nativa nos trópicos impacta diretamente vários serviços ecossistêmicos produzidos pelos ecossistemas, como a produção de chuvas regulares e o equilíbrio climático. Assim, o avanço do desmatamento e seus efeitos para o clima pode potencialmente reduzir as áreas favoráveis ao cultivo agrícola no Brasil e, com isso, a produtividade final das lavouras. Os principais objetivos deste trabalho foram: a) criar um modelo de produtividade agrícola da soja com base nas variáveis climáticas e de refletância dos campos cultivados para a região que inclui o MATOPIBA, Mato Grosso e Goiás; b) avaliar a relação entre a vegetação nativa da paisagem e a produtividade de soja para a mesma região. Para criar o modelo de produtividade agrícola, nós utilizamos modelos lineares mistos (LMM) com dados de produtividade de soja de 63 propriedades rurais (safras 2009/10 e 2016/17), considerando como preditores múltiplas variáveis climáticas e o índice de vegetação melhorado (EVI). Em seguida, para validação do mapa de produtividade predita, utilizamos os dados de produtividade agrícola municipal do IBGE. Para avaliar a contribuição da vegetação nativa para a produtividade de soja, utilizamos a produtividade de soja predita de 100 pontos aleatorizados 20 vezes na região em função da proporção de vegetação nativa na paisagem em um buffer de 50 km, onde verificamos o ponto proporção máxima de floresta por meio de uma regressão segmentada. O melhor modelo de produtividade da soja incluiu como preditores o Índice de Vegetação Melhorado (EVI), a Temperatura Diurna da Superfície da Terra (DLST), o Déficit de Pressão de Vapor (VPD) e o Número de Dias Secos (NDD). O modelo de produtividade apresentou coeficiente de determinação de 50%, com maior importância do EVI para anos mais secos e quentes, e com redução do rendimento da soja com o aumento da DLST, VPD e NDD. A proporção da vegetação foi positivamente correlacionada com a produtividade de soja em todos os anos da série temporal, com coeficiente de determinação de até 50%. A regressão segmentada apresentou ponto de quebra máximo de 26% da vegetação nativa, indicando forte redução na produtividade em paisagens com cobertura de vegetação menores. O slope da regressão no segundo segmento foi positivo para a maioria dos anos avaliados, indicando que o aumento na quantidade de vegetação nativa da paisagem resulta em maior produtividade de produtividade.  Nossos resultados indicam que a floresta contribui para a produtividade da cultura da soja em função dos benefícios dos serviços ecossistêmicos locais. Os resultados deste trabalho permitirão a elaboração de mapas de produtividade regional e a promoção de práticas ambientais sustentáveis para a produção de alimentos que protegem os múltiplos serviços ecossistêmicos que a floresta fornece.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 996.005.011-49 - DIVINO VICENTE SILVÉRIO - UnB
Interno - 220.974.038-08 - PAULO MONTEIRO BRANDO - NENHUMA
Externo à Instituição - ANDREIA FILIPA SILVA RIBEIRO - Ulisboa
Notícia cadastrada em: 16/06/2023 13:48
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