Áreas de Transição e Mudanças Climáticas: Padrões de Composição e Distribuição de Arbóreas no Brasil
mudanças climáticas; conectividade ecológicas; áreas protegidas; adição biótica; refúgios climáticos.
Investigamos a biodiversidade arbórea nas zonas de transição entre os principais domínios fitogeográficos brasileiros (Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica), com foco nos impactos das mudanças climáticas e na conservação dessas áreas. As zonas de transição são reconhecidas como áreas de alta diversidade biológica, abrigando uma mistura única de espécies dos domínios adjacentes e espécies exclusivas, com 232 espécies identificadas como exclusivas dessas regiões. Essas áreas desempenham um papel crucial na conectividade entre ecossistemas e na manutenção da biodiversidade regional. No entanto, as mudanças climáticas representam uma ameaça significativa, com projeções indicando uma redução drástica nas áreas de alta riqueza biológica, especialmente nos cenários futuros mais extremos (SSP4.5 e SSP8.5). As áreas protegidas atuais mostram-se insuficientes para garantir a conservação, com reduções significativas nas áreas de riqueza máxima em cenários futuros. A vegetação nativa fora das áreas protegidas é essencial para a resiliência ecológica, oferecendo refúgios e promovendo a conectividade. Destacamos a necessidade de estratégias integradas de conservação, incluindo a expansão de áreas protegidas, a conservação da vegetação nativa e a implementação de políticas públicas adaptativas para mitigar os impactos das mudanças climáticas e assegurar a preservação dessas zonas críticas. Em resumo, as zonas de transição são patrimônios de biodiversidade que exigem ações coordenadas para garantir sua preservação e o papel essencial na manutenção da biodiversidade e estabilidade ecológica do país.