Banca de DEFESA: Sarah Silva Machado

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Sarah Silva Machado
DATA : 28/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Remota
TÍTULO:

Efeitos da fragmentação e perda de habitat na ecologia trófica de Glossophaga soricina (CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) em paisagens fragmentadas da transição Cerrado-Amazônia


PALAVRAS-CHAVES:

degradação ambiental, dieta, isótopos estáveis, morcegos


PÁGINAS: 53
RESUMO:

As intensas mudanças no uso da terra no bioma Cerrado, provocam a intensificação da perda e fragmentação do habitat, que impactam negativamente a estrutura trófica das comunidades. Glossophaga soricina é uma espécie de morcego neotropical adepta a nectarívoria, mas que tem a sua dieta fortemente influenciada pela disponibilidade de recursos, sendo a espécie um excelente modelo para se investigar os efeitos da perda e fragmentação do habitat na ecologia trófica. Usando análises de isótopos estáveis (δ15N e δ13C), investigamos se a perda e a fragmentação florestal provocam alterações na dieta e nicho isotópico de G.soricina em áreas fragmentadas da transição Cerrado-Amazônia. Nossa hipótese é de que, morcegos coletados em áreas com maior perda e fragmentação florestal apresentam valores mais positivos de δ15N e δ13C e maior largura de nicho isotópico, devido a inclusão de insetos em sua dieta. Nossos resultados indicam, que de forma geral a dieta da espécie é mais influenciada pela composição da paisagem, do que pela configuração do fragmento. Encontramos valores mais altos de δ15N e δ13C, em habitats com maior perda de vegetação remanescente e valores isotópicos menores em áreas mais conservadas. Verificamos que o nicho isotópico da espécie se expande em áreas mais alteradas, e é mais estreito em áreas com maior quantidade de vegetação nativa na paisagem. Nossos resultados demonstram, que G. soricina parece ser mais frugívoro/nectarívoro em habitats mais conservados, e mais insetívoro em habitats com maior perda e fragmentação florestal em áreas da transição Cerrado-Amazônia. Portanto, podemos inferir que as alterações antrópicas, podem estar modificando a ecologia trófica desses morcegos, podendo futuramente provocar prejuízos à prestação de serviços ecossistêmicos de polinização e dispersão de sementes, prestados por essa espécie.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 122141002 - JOAQUIM MANOEL DA SILVA
Externo à Instituição - MARCELO MAGIOLI - USP
Externo à Instituição - SÉRGIO LOPES DE OLIVEIRA - UESC-BA
Notícia cadastrada em: 22/02/2023 08:51
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