Banca de QUALIFICAÇÃO: Luis Felipe Magalhães de Menezes

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Luis Felipe Magalhães de Menezes
DATA : 16/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Atividade Remota
TÍTULO:

Dinâmica e carga de lianas no estrato arbóreo em diferentes fitofisionomias do Cerrado: um estudo na Estação Ecológica da Serra das Araras, Mato Grosso, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Fitossociologia, composição florística, ecótono


PÁGINAS: 37
RESUMO:

O Cerrado apresenta alta diversidade de fitofisionomias, constituídas por diferentes composições e estruturas do estrato arbóreo e isso se torna ainda mais complexo em áreas adjacentes de outros biomas como a Amazônia e o Pantanal. A Estação Ecológica da Serra das Araras (EESA) está inserida no Cerrado, com proximidade de 20 km do limite geográfico da Amazônia e 25 km do Pantanal. Com o objetivo de analisar os componentes de composição, estrutura e dinâmica do estrato arbóreo e a carga de lianas em diferentes fitofisionomias no período de cinco anos na EESA, foram realizados levantamento de campo em três parcelas permanentes de um hectare (100x100m) nos anos de 2016 e 2021. Essas parcelas permanentes fazem parte dos projetos vinculados ao PELD (PELD III e IV), com dados disponibilizados no ForestPlots.net e estão codificadas como ESA-01, ESA-04 e ESA-08, alocadas em áreas definidas pelo Plano de Manejo da EESA como cerradão, cerrado stricto sensu e cerrado arborizado, respectivamente. Os dados do censo referentes a 2016 foram fornecidos pelo ForestPlot.net e para o censo de 2021 foi realizado um levantamento em outubro de 2021 seguindo metodologia da RAINFOR. Foi adotado como critério de inclusão dos indivíduos arbóreos da ESA-01 com DAS ≥ 10 cm (diâmetro a 1,30 m do solo) na medição de 2016 e da ESA-04 e ESA-08 com DAS ≥ 5 cm. Esse nível de inclusão dos espécimes foi adotado também para as medições a partir de 2021 na ESA-01. As medidas de diâmetro e altura foram aferidas com fita diamétrica padronizada da ZIMMER (5m) e trena a laser STANLEY TLM 165 (50m), respectivamente. Todas as parcelas estão georreferenciadas. Na análise dos resultados considerou-se para a composição a curva de esforço amostral, riqueza, grupos ecológicos e índices de Diversidade de Shannon-Weaver (H’), Simpsom (D) e de Equabilidade de Pielou. Para a estrutura foram analisados Área Basal (AB), Densidade Relativa (DR), Dominância Relativa (DoR), Frequência Relativa (FR), Valor de Cobertura (VC) e Valor de Importância (VI). Para a análise da dinâmica, os descritores adotados foram: Taxa média anual de mortalidade (M) e de recrutamento (R), Tempo de meia vida (T1/2), duplicação (T2) e reposição (Rep) e Taxa de ganho em área basal (G) e de perda em área basal (P). Para analisar a carga de lianas foi realizado levantamento de forma visual categorizando de 0 (sem presença), 1 (lianas ocupam até 25% da copa), 2 (até 50% da copa), 3 (até 75% da copa) e 4 (100% da copa), seguindo a metodologia da RAINFOR. Os resultados produzidos para a ESA-01 apontam o ganho de novos indivíduos arbóreos e biomassa, e que a floresta está em estágio de regeneração. Os resultados quanto aos grupos ecológicos nos mostram que Pioneira (P) teve ganho menos expressivo em abundância, sendo de 11% da sua população anterior (26) quando comparado com Secundária Inicial (SI) e Secundária Tardia (ST) com ganhos de 34 e 37% equivalendo ao ganho de 67 e 25 indivíduos da sua população anterior. Em termos de riqueza, as pioneiras tinham 19 espécies em 2016 e 22 espécies em 2021, SI somavam 27 e posteriormente 31, já as ST somavam 20 e posteriormente 24 espécies. Isso é constatado também comparando-se as análises dos censos de 2016 e 2021 referentes a: redução do VI da espécie pioneira Attalea speciosa Mart. ex Spreng de 80,95 para 70,47 e o aumento expressivo do VI em outros indivíduos arbóreos como a espécie Cupania castaneafolia Mart. (SI) de 7,19 para 12,72. Quanto ao VI, as Pioneiras tinham 47,01% do total e diminuíram para 42,68%, SI somavam 31,41% e aumentaram para 32,87% do total e as Secundárias Tardias somavam 13,86% e aumentaram para 16,53% do total do VI quando comparado entre 2016 e 2021. O aumento na riqueza de 86 para 97 espécies, a abundância total de 523 para 615, a maior taxa de recrutamento (4,01%.) do que de mortalidade (1,14 %.) e do IPA (2,32 Mg.) indicam que essa floresta está em um processo de incremento de seus indivíduos e biomassa. A carga de lianas na ESA-01 se mostrou menos expressiva em 2021 do que em 2016. Para as análises da ESA-04 e ESA-08 foram adotados os mesmo procedimentos e utilizados os mesmos descritores utilizados na ESA-01, mas com o objetivo realizar uma comparação entre as duas parcelas, visto que são fitofisionomias de formação savânica com características diferentes entre si, e de como a carga de lianas tem se mostrado quanto a essas fitofisionomias nesta formação arbórea. As análises das parcelas ESA-04 e ESA-08 se encontram em produção, estando presente os resultados esperados de que há diferenças entre a composição, estrutura e dinâmica do estrado arbóreo dessas áreas aliado com o avanço de espécies características da Amazônia e a influência de lianas nessas fitofisionomias.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 83215001 - MARIA ANTONIA CARNIELLO
Interno - 118188001 - ERNANDES SOBREIRA OLIVEIRA JUNIOR
Interno - 71440008 - MANOEL DOS SANTOS FILHO
Externo à Instituição - ROBERTA DOS SANTOS SILVA - UFT
Notícia cadastrada em: 06/12/2022 15:05
SIGAA | Tecnologia da Informação da Unemat - TIU - (65) 3221-0000 | Copyright © 2006-2024 - UNEMAT - sig-application-01.applications.sig.oraclevcn.com.srv1inst1