Banca de DEFESA: EDNEY NUNES DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDNEY NUNES DE OLIVEIRA
DATA : 11/04/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Web conferência
TÍTULO:

ESCRITA E AUTORIA NAS FRONTEIRAS IMAGINÁRIAS DOS LIVROS DIDÁTICOS

 


PALAVRAS-CHAVES:

livro didático; memória; escrita; sujeito; autoria.


PÁGINAS: 148
RESUMO:

Este trabalho se inscreve na linha de pesquisa “Estudos de Processos Discursivos” do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. Nosso objetivo é compreender discursivamente, através da memória da escrita, o efeito de autoria para/do sujeito-aluno na prática proposta pelos livros didáticos. Desse modo, buscamos compreender as seguintes questões: Como o sujeito-aluno se significa e é significado no processo da escrita dos textos escolares? Quais são os deslocamentos possíveis pelo atravessamento da reestruturação das políticas para o ensino de língua portuguesa em relação ao desenvolvimento da autoria? As discussões são fundamentadas no pressuposto teórico e metodológico de Análise de Discurso (AD) materialista, iniciada por Michel Pêcheux, na França, e tendo como referência Eni P. Orlandi, no Brasil, articulada ao campo da História das Ideias Linguísticas (HIL). Sob este viés nosso corpus é composto por duas coleções: Português contemporâneo: diálogo, reflexão e uso, Editora Saraiva (2018 a 2020); Interação português, Editora do Brasil (2021), das quais recortamos para análise, as atividades de produções textuais argumentativas, que geralmente são enfatizadas no 3º ano do Ensino Médio. Nas análises desenvolvidas, observamos que as atividades de escrita de textos argumentativos buscam a unicidade dos sentidos, pelos modos de interpretação, de leitura e de escrita, formatados aos padrões tecnicistas que impossibilitam aos alunos se constituírem autores de seus discursos. Entendemos que essa prática ocorre porque o discurso institucionalizado tende ao campo parafrástico, no eixo do previsível, assim, os textos produzidos permanecem no senso comum. Para a perspectiva discursiva, pensar na assunção da autoria é abrir espaços para a interpretação, considerar que os sentidos podem ser outros, não há um único sentido, pois a linguagem não é transparente. Nessa direção, no processo de significação da língua, a necessidade do trabalho polissêmico na prática de leitura e escrita em sala de aula, desde os anos iniciais até o Ensino Médio, abrir espaços para o gesto interpretativo do aluno. Dessa forma, novos instrumentos linguísticos pedagógicos não provocarão mudanças no ensino, mas sim, a instalação de outros processos dentro do discurso pedagógico que proporcionem condições para que o aluno possa ocupar a posição de autor. Um dos caminhos possíveis, provocar reflexões para que o professor também exercite sua autoria no processo de ensino, possibilitará que o aluno se torne autor de seu próprio texto. Sendo a escola um espaço institucionalizado, seguimos na resistência em dar sentido ao sem-sentido consentido (PFEIFFER, 2002).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 55846009 - JOELMA APARECIDA BRESSANIN
Externo ao Programa - 83240101 - VERA REGINA MARTINS E SILVA
Externo à Instituição - SORAYA MARIA ROMANO PACÍFICO - USP
Notícia cadastrada em: 22/03/2023 17:40
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