Banca de QUALIFICAÇÃO: ALAN TOCANTINS FERNANDES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALAN TOCANTINS FERNANDES
DATA : 28/02/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Defesa remota - via webconferência
TÍTULO:

A CONTRUÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE BRASILEIRA NA MISSÃO DA PAZ ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) NO HAITI


PALAVRAS-CHAVES:

Posição-sujeito. Discurso. Ideologia. Memória. Processos de construção de identidade. Missões de Paz. MINUSTAH.


PÁGINAS: 99
RESUMO:

Esta tese se inscreve na linha de pesquisa “Estudo de Processos Discursivos” do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Linguística, da Universidade do Estado de Mato Grosso - PPGL/UNEMAT. Filiamo-nos à Análise do Discurso proposta e desenvolvida por Michel Pêcheux e aos desdobramentos teóricos elaborados no Brasil, a partir da matriz francesa, em especial com os trabalhos de Eni Orlandi. Com este trabalho, buscamos compreender o modo de funcionamento da linguagem no discurso sobre a presença do Brasil no que foi denominado Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). O corpus constitui-se de discursos políticos de representantes do governo brasileiro entre os anos de 2004 e 2017 – período de duração da missão –, disponíveis em publicações impressas e online, bem como recortes jornalísticos de textos da imprensa nacional e internacional sobre a presença brasileira no Haiti. Esses registros constitui o nosso objeto de leituras e analises. em que discutimos as noções teóricas de sujeito, memória discursiva, condições de produção, inter/intradiscurso, formação discursiva e formação imaginária. Para fins de análise, levantamos três questionamentos sobre o modo de constituição e/ou manutenção da identidade nacional, os quais constituem o fio condutor do nosso trabalho analítico: i)- Há uma regularidade de sentidos que percorrem os discursos políticos (institucionais ou não) sobre a participação brasileira no Haiti? ii)- Há uma construção/manutenção de uma identidade brasileira na constituição histórica dos sentidos que circulam nos discursos sobre a participação do Brasil na MINUSTAH? iii)- como o imaginário que se constrói sobre o Brasil no âmbito da MINUSTAH funciona em relação à memória discursiva e como ele reage às condições de produção e às posições-sujeito enquanto “lugares determinados na estrutura de uma formação social”, citando Pêcheux (2014 [1969], p.81)?Analisamos, portanto, o processo discursivo constitutivo de uma identidade nacional brasileira em determinadas condições de produção. Para tanto, observamos o processo de constituição da memória, as filiações de sentido nos/dos discursos que dizem sobre a participação do Brasil na missão. Nossas análises permitiram verificar que o discurso institucional/político sobre o Brasil reafirma uma identidade brasileira ao filiar-se ao imaginário do país fraternal e solidário, produzido a partir de um apagamento das marcas de heterogeneidade – portanto, no fortalecimento da homogeneidade imaginária do discurso – e das posições-sujeitos, funcionando como lugar de inscrição/identificação ideológica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 83109001 - ANA LUIZA ARTIAGA RODRIGUES DA MOTTA
Externo à Instituição - Debora Raquel Hettwer Massmann - UFAL
Interno - 101625005 - FLAVIO ROBERTO GOMES BENITES
Externo ao Programa - 83191001 - NILCE MARIA DA SILVA
Externo à Instituição - SUZY MARIA LAGAZZI - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 10/02/2023 09:21
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