Banca de DEFESA: PRICILIANA DIAS PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PRICILIANA DIAS PEREIRA
DATA : 13/12/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Defesa remota – via webconferência
TÍTULO:

ESCOLA DE FRONTEIRA E O SUJEITO ALUNO BOLIVIANO: IDENTIDADE, SUJEITO, LÍNGUA E ENSINO


PALAVRAS-CHAVES:

Fronteira, Escola, Aluno Boliviano, Língua Portuguesa, Alfabetização, Identidade.


PÁGINAS: 84
RESUMO:

Para dizer sobre as línguas e a educação na escola de fronteira, pelos estudos da linguagem nos filiamos à teoria da Análise de Discurso que por meio dos conceitos teóricos e metodológicos autoriza que o analista inclua as condições ideológicas e históricas quando o discurso foi produzido. Isto permite a análise ir além da estrutura gramatical do texto/recorte, possibilitando perceber como produz e veicula sentido. O que nos leva apresentar o contexto histórico de constituição da fronteira Centro Oeste Brasil-Bolívia, e mais precisamente a constituição da faixa de fronteira noroeste do município de Pontes e Lacerda-MT, com o objetivo de mostrar a definição heterogênea linguística que compõem essa fronteira. Na cidade de Pontes e Lacerda as escolas estaduais e municipais fronteiriças recebem alunos com dupla nacionalidade – a brasileira e a boliviana. Neste percurso, abordaremos a origem da educação brasileira, as fomentações das políticas educacionais para o aluno imigrante, em específico, o aluno-boliviano. Perante isso, explicaremos sobre o início da educação no município de Pontes e Lacerda-MT e a formação das escolas de fronteira da Vila Matão e da Comunidade Triunfo que fica aproximadamente localizado a cerca de 60 km da divisa da Bolívia. A escola de fronteira é formada em um espaço heterogêneo e possui uma realidade de pluralidades, onde se faz necessário refletir sobre a identidade construída e norteada pelo sistema de ensino brasileiro. A escola de fronteira, definida em seu projeto político pedagógico, sem considerar as diversidades linguísticas, maquiando parte de sua realidade. Nesse sentido, a identidade da escola de fronteira consolida-se, enquanto, sujeitos e línguas são silenciados, a escola constitui-se, assim, como lugar projetado pelo Estado, onde o sujeito aluno deverá aprender a escrever e a falar a língua do país, a língua oficial do Estado – a língua portuguesa. A escola passa a atuar como um mecanismo ideológico, utilizado para trabalhar as políticas pedagógicas de interesse do Estado. Os sujeitos alunos bolivianos quando chegam em nossas escolas já estão assujeitados em sua língua materna o espanhol, e todo seu conhecimento linguístico está relacionado às práticas sociais que eles vivenciaram fora da sala de aula e que a partir do processo de aprendizagem escolar sofrerá outras interferências culturais, sociais e linguísticas, isto é, em sala de aula os estudantes bolivianos devem aprender uma nova língua enquanto precisam acompanhar os conteúdos programáticos. Ao mesmo tempo são inibidos de usar sua língua materna em sala de aula. Assim, se estabelece uma relação tensa entre sujeito e línguas. Nesse sentido, debruçamos em refletir sobre o processo de alfabetização de língua portuguesa para os alunos bolivianos em um perfil pedagógico de língua materna. Observamos marcas discursivas dos processos históricos e ideológicos das políticas de línguas instauradas no trabalho pedagógico escolar.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 842.897.837-91 - MARLON LEAL RODRIGUES - UNEMAT
Presidente - 73774008 - PAULO CESAR TAFARELLO
Interno - 592.690.301-72 - ROSIMAR REGINA RODRIGUES DE OLIVEIRA - UNEMAT
Interno - 131921001 - SILVIA REGINA NUNES
Notícia cadastrada em: 25/11/2022 09:36
SIGAA | Tecnologia da Informação da Unemat - TIU - (65) 3221-0000 | Copyright © 2006-2024 - UNEMAT - sig-application-02.applications.sig.oraclevcn.com.srv2inst1