Banca de DEFESA: SUELI MARTINS CARDOZO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SUELI MARTINS CARDOZO
DATA : 21/03/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa remota - via webconferência
TÍTULO:

A REPRESENTAÇÃO DOS DIZERES DE APENADOS DO CARANDIRU EM ACONTECIMENTOS DE LINGUAGEM


PALAVRAS-CHAVES:

Semântica Enunciação. Metáfora. Carandiru. Representação.


PÁGINAS: 143
RESUMO:

Nesta pesquisa propomos analisar a representação dos dizeres de apenados do Carandiru em acontecimentos de linguagem, dadas as suas condições sociais e históricas. Outras questões aderem a nossa proposta como: 1.  Como se dá a representação dos dizeres de apenados nominados ou anônimos sob o olhar dos autores das obras selecionadas? 2. Como ocorrem os agenciamentos dos falantes (os apenados) no espaço de enunciação no interior do Carandiru? 3. As metáforas nos dizeres dos apenados são as mesmas utilizadas no dia a dia pelos falantes da língua portuguesa? 4. Como certas palavras ou expressões que aparecem nos recortes significam metáforas pelos procedimentos de reescrituração e polissemias pelas relações sinonímicas? O aporte teórico adotado é a Semântica da Enunciação, desenvolvida por Eduardo Guimarães (1989, 2005a, 2005b), por se tratar de uma teoria materialista que trabalha a historicidade do sentido no acontecimento da enunciação. O corpus analítico compõe-se de recortes constituídos de dizeres dos apenados nominados e anônimos extraídos de 04 (quatros) obras literárias: O prisioneiro da grade de ferro, de Percival de Souza (1983); Estação Carandiru, de Dráuzio Varella (1999); Diário de um detento: o livro, de Jocenir do Prado (2001) e Carcereiros, de Dráuzio Varella (2012). Os autores dessas respectivas obras, com o objetivo de representar a enunciação daqueles falantes, (re)constroem, a partir do seu ponto de vista, dizeres atravessados por sentidos advindos de outras enunciações, isto é, de outras instâncias enunciativas. Essas narrativas autorais são mescladas por certos aspectos como a violência, a criminalidade, a corrupção, a sociabilidade entre indivíduos que coadunam dos mesmos objetivos. Nessa perspectiva, tomamos como ponto fulcral a língua como fenômeno histórico e social, dada a sua plasticidade em constituir sentidos e falantes. No funcionamento semântico-enunciativo dos dizeres de apenados, representados sob o ponto de vista dos autores, a língua permite uma abertura dos sentidos e a polissemia, que habita o silêncio, é a condição perfeita para a constituição da metáfora ou a possibilidade de as palavras, as expressões linguísticas ou proposições significarem sentidos diferentes. Ou seja, a metáfora se dá pela reescrituração de elementos da língua que, no acontecimento da enunciação, se (re)vestem de sentidos distintos que designam o espaço de enunciação e o locutor-apenado. Já a designação se constituí no acontecimento de enunciação que nomeia (objeto, pessoa, etc.), e nesta medida, pela apreensão do real, dá-se a significação do nome, identifica o nomeado para o sujeito.

 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 123477003 - ALBANO DALLA PRIA
Externo à Instituição - Ana Carolina Nunes da Cunha Vilela - UFMT
Interno - 276.776.128-81 - MARCOS LUIZ CUMPRI - UNEMAT
Presidente - 027.799.861-15 - NEUZA BENEDITA DA SILVA ZATTAR - UNEMAT
Externo à Instituição - SHEILA ELIAS DE OLIVEIRA - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 14/03/2022 09:02
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