Banca de DEFESA: ELAINE REGINA FRANCO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELAINE REGINA FRANCO
DATA : 30/03/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa remota - via webconferência
TÍTULO:

 IRMANDADE NOSSA SENHORA DA BOA MORTE E IRMÃS DA BOA MORTE: ENUNCIADOS QUE SEMANTIZAM POVOS ESCRAVIZADOS NO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Acontecimento. Nomeação. Sentido.

 


PÁGINAS: 131
RESUMO:

Há diferentes modos de ver e dizer do espaço das Irmandades Nossa Senhora da Boa Morte. O percurso de pesquisa, a busca pelos saberes sobre estes espaços e seus membros, o lugar de escuta nos leva a esta afirmação e nos instiga a dizer sobre este lugar de significações. Um espaço religioso que recebe avaliações, interpretações, espacializa saberes e inscreve uma história de enunciações que significa. Essa pesquisa se coloca na Área de Concentração dos Estudos das relações entre Língua, História e Instituições, inscreve-se na Linha de Pesquisa dos Estudos de Processos de Significação. Para tanto desenvolvemos um estudo semântico-enunciativo do processo de renomeações das Irmandades Nossa Senhora da Boa Morte, observando a questão de como a nomeação, objeto central de análise nesse percurso, designa o espaço e sua irmandade. O objetivo proposto nos direcionou às diferentes determinações sócio-históricas da época em que se deram os nomes. Nessa pesquisa, não propusemos somente contar a história das irmandades, mas analisar como se dá o processo de nomeação pelo viés da Semântica do Acontecimento, de Eduardo Guimarães (2002), além disso, considerou-se o percurso formulado pelo semanticista (1987, 2002, 2005, 2007, 2009, 2011, 2012, 2017, 2018), além de suas reflexões apresentadas em Semântica Enunciação e Sentido (2018). Nessa perspectiva, analisamos o movimento de semantização dos nomes, tomando seu funcionamento como um modo de determinação histórica e social que produz sentidos –designações – para a irmandade e seus membros. Elegemos como materialidade de análise o nome oficial Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte e as nomeações que designam seus membros. As análises se deram sob três aspectos: a) o funcionamento morfossintático, compreendendo que o nome próprio é uma construção e que as relações morfológicas e sintáticas o constituem; b) o funcionamento semântico-enunciativo, considerando a nomeação em relação ao espaço de enunciação e às questões políticas, sociais e históricas que determinaram essas nomeações; c) o memorável no acontecimento dos nomes, tomando-o como funcionamento do conjunto de enunciações já realizadas. A designação se apresenta por uma relação de linguagem, a partir do movimento semântico que leva uma expressão ou um nome a significar no acontecimento da linguagem, neste viés, a análise observando dos modos de enunciação de reescrituração e articulação foram essências, para indicar a atribuição de sentido foram utilizadas suas representações pelo Domínio Semântico de Determinação (DSD). Apresentamos, a princípio, as designações dos nomes que constituem a história enunciativa da irmandade, uma vez que o percurso histórico das nomeações nos permitiu olhares mais específicos sobre o passado, e ao nos reportarmos para os dizeres sobre a origem das irmandades, compreendemos que dizer da origem desses espaços implica, necessariamente, dizer da origem, especificamente, da Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte de Cachoeira-BA. Compreendemos pelas análises que o funcionamento do nome é um modo de analisar a relação entre o passado da irmandade, portanto e suas condições atuais. Pontuamos que a resistência, que se configura nesse espaço, é um "índice" do passado da irmandade, portanto do sentido. Pelo percurso analítico, mostramos que o processo de nomeação não é algo que se dá aleatoriamente, o sujeito que nomeia está agenciado a enunciar de uma forma e não de outra, sendo que essas nomeações funcionam a partir de um memorável de enunciações já ditas. A reflexão sobre o funcionamento do nome Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte e Irmãs da Boa Morte permitiu compreender a própria história de constituição desse espaço religioso em Cachoeira-BA, Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 37199002 - TAISIR MAHMUDO KARIM
Interno - 123477003 - ALBANO DALLA PRIA
Interno - 027.799.861-15 - NEUZA BENEDITA DA SILVA ZATTAR - UNEMAT
Externo à Instituição - JOANA DARC RODRIGUES DA COSTA - UFPI
Externo à Instituição - SOELI MARIA SCHREIBER DA SILVA - UFSCAR
Notícia cadastrada em: 09/03/2022 09:42
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