Banca de QUALIFICAÇÃO: VERÔNICA SILVA DE ALBUQUERQUE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VERÔNICA SILVA DE ALBUQUERQUE
DATA : 11/10/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Cáceres/MT. Remotamente
TÍTULO:

OS EFEITOS DE SENTIDOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE LÍNGUA NO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR


PALAVRAS-CHAVES:

Enade; Políticas de Língua; Discurso


PÁGINAS: 122
RESUMO:

Esta tese, inscrita na linha de pesquisa Estudo de Processos Discursivos, se propõe compreender a relação entre o sujeito e a língua e sua submissão à história como condição para significar a si mesmo e a própria língua, para que produza o seu dizer. Enfatizando assim, o real da língua(incompletude) e real da história (contradição) para então perceber os efeitos de sentidos produzidos na formulação e circulação das políticas de língua que propõe o Exame Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE). Entrelaçaremos a Análise de Discurso (AD) pecheutiana à História das Ideias Linguísticas (HIL) para consecução deste trabalho, considerando a história das políticas de língua escrita e legitimadas pela Escola e pelo Estado. Nosso objetivo, pelo viés discursivo, é compreender os sentidos postos em funcionamento pela historicidade que instituiu a proposta de avaliação do Enade. Desse modo, formulamos os seguintes questionamentos: Quais os efeitos de sentidos são produzidos na instalação das leis que ordenam esse processo? Qual perfil imaginário de sujeito acadêmico, e de língua (leitura, escrita) que o processo avaliativo produz? Assim, a partir destas e outras indagações construímos nosso corpus analisando a materialidade linguístico/discursiva da Lei nº 10.861/2004, da Portaria n. 493/ Inep/2017, das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Letras no Brasil, e como estas incidem na constituição da Prova Enade (2017), e por fim, compreenderemos a divulgação dos resultados da avaliação em propagandas veiculados em sites institucionais e pela mídia. Ao longo do nosso trabalho compreenderemos como os sentidos são construídos pelas noções de língua, sujeito, leitura, escrita, concebidos pelos documentos de jurisdição da língua, percebendo assim, como tais conceitos podem ser ressignificados pela AD pelo jogo entre paráfrase e polissemia no processo de significação dos sujeitos e da língua. Fazemos este percurso considerando as ordens de real da língua e da história, compreendendo a não linearidade e literalidade dos sentidos, o caráter de incompletude, opacidade e não-transparência da linguagem; a descentração do sujeito, pelo assujeitamento histórico-ideológico e a memória discursiva, que conforma todo o dizer, assim como preconizam Gadet e Pêcheux (2004). Desse modo, adentrar as discursividades das políticas de língua, nos possibilita compreender os efeitos ideológicos, o não dito que as constituem, e que instalam sentidos por/para sujeitos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 83195001 - ANA MARIA DI RENZO
Interno - 260.313.106-00 - OLIMPIA MALUF SOUZA - UNEMAT
Externo ao Programa - 101365010 - MILENA BORGES DE MORAES
Externo à Instituição - JOSÉ HORTA NUNES - UNICAMP
Externo à Instituição - SILMARA CRISTINA DELA DA SILVA - UFF
Notícia cadastrada em: 01/10/2021 14:11
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