Banca de DEFESA: ANA CLAUDIA DE MORAES SALLES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CLAUDIA DE MORAES SALLES
DATA : 30/08/2021
HORA: 08:00
LOCAL: Defesa remota - via webconferência
TÍTULO:

A INATINGIBILIDADE DO DESEJO: CONSITUIÇÃO DO SUJEITO NA MATERIALIDADE FÍLMICO-SIGNIFICANTE 

 


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Cinema; Discurso; Sujeito; Desejo.


PÁGINAS: 219
RESUMO:

RESUMO

A instalação e a consolidação do cinema enquanto arte, envolve um longo processo interpretativo do sujeito do desejo para com a tecnologia, na procura de “descientificizar” a máquina produtora das imagens movimentadas, pelo poético. Assim, a partir de um percurso histórico, relativamente recente, o cinema surge; e essa edificação, por sua vez, abre caminho a um multíplice engendramento da materialidade particular cinematográfica. Nessa direção, partimos de uma história de constituição, para chegarmos às características construtivas e constitutivas do fílmico, para, então, posteriormente, recortarmos, no filme selecionado, sequências imagéticas que nos guiem a uma compreensão do sujeito desejante significado nas imagens. Assim, neste trabalho, procuramos dar visibilidade a esse percurso ao analisarmos discursos sobre e do cinema: dizeres vinculados à constituição cinematográfica, bem como um filme – tomado como produto final dessa abrangência processual que é o cinema. Filiados à Análise de Discurso (AD) de linha francesa e base materialista – área de concentração pertencente à linha de pesquisa Estudo de Processos Discursivos do Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade do Estado de Mato Grosso (PPGL/UNEMAT) – fundamentamo-nos na compreensão de discurso enquanto efeito, trazida por Pêcheux e ressignificada por Orlandi. A referida área teórica propõe depreensões tangentes ao sujeito e à linguagem, sempre os refletindo em relação à memória dos dizeres, que afeta os discursos, na atualidade, e promove o acontecimento discursivo (PÊCHEUX, 2012). Na AD, não há transparência na edificação nem dos dizeres (apresentados em diferentes tipologias) e nem daqueles que os formulam. Empreendemos, portanto, compreender a constituição do sujeito de desejo, com base na materialidade específica do filme, dando visibilidade ao modo como o sujeito se diz através do verbal, do sonoro, do imagético a partir de um filme que versa a respeito da conexão dos sujeitos entre si, bem como com o Outro (LACAN, 1998), amalgamado à tecnologia, numa projeção futurística em cena – passível de metaforizações de liames que engendram os sujeitos nos (des)conhecidos, urdidos na conjuntura social da atualidade. Mediante tal fundamentação teórica e materialidades analisadas, pudemos compreender elementos constitutivos da materialidade fílmico-significante e que a questão do desejo a invade, enquanto lugar de deslocamento. A partir de nossas análises, foi possível apreender como a falta pode ser significada não somente na falha e na ausência, presentes na língua, mas também na sua conjunção com o imagético e com o sonoro, coadunados pela arte cinematográfica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 260.313.106-00 - OLIMPIA MALUF SOUZA - UNEMAT
Interno - 101625005 - FLAVIO ROBERTO GOMES BENITES
Interno - 55846009 - JOELMA APARECIDA BRESSANIN
Externo à Instituição - LUCÍLIA MARIA ABRAHÃO E SOUSA - USP
Externo à Instituição - SUZY MARIA LAGAZZI - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 03/08/2021 08:23
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