Banca de QUALIFICAÇÃO: PATRÍCIA APARECIDA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PATRÍCIA APARECIDA DA SILVA
DATA : 01/07/2021
HORA: 08:00
LOCAL: On-line
TÍTULO:

O DIZER NAS CARTAS SUICIDAS DE VARGAS: O VIÉS POLÍTICO-DISCURSIVO DE SI E DO (O)OUTRO

 


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Corpo; Carta de Despedida; Sujeito; Outro; Suicídio.


PÁGINAS: 140
RESUMO:

RESUMO: O presente estudo, vinculado à área Estudos de processos linguísticos e à linha de pesquisa Estudos de processos discursivos, do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Mato Grosso (PPGL/UNEMAT), pretendeu compreender o funcionamento histórico-ideológico materializado nas cartas de despedida de sujeitos suicidas. Para tanto, tomamos, em um primeiro momento, o corpo como espaço de análise, uma vez constituir-se como lugar de manifestação dos desejos de si e do Outro, quando, nessa visada, tentamos compreender o processo de corporificação do corpo-suicida, do corpo das cartas e do corpo social como lugar de constituição e de assujeitamento, ditados pelos processos subjetivos de identificação e pelas determinações, pelo Estado capitalista, dos sujeitos e dos sentidos. Nesse processo de compreensão do corpo, detivemo-nos na história de sofrimento do corpo, quer pelos suplícios quer pela disciplina, de modo a compreender e analisar, pelos dizeres das cartas, o lugar de resistência e, ao mesmo tempo, de subserviência do sujeito suicida, que, sendo interpelado ideologicamente, é atravessado por injunções do simbólico na relação com o real e o imaginário. Nesse entendimento, o corpo funciona como um mapa que traça (des)caminhos para o sujeito suicida, pois o corpo é materialização do pertencimento e da exclusão, estabelecendo para o sujeito tudo que pode ser dito e também do que não se pode dizer, pois o corpo pode significar tudo e/ou nada além do que pode significar. Para essa compreensão, tomamos como norteador teórico a Análise de Discurso para analisar, por meio dos seus princípios e procedimentos, os modos pelos quais um sujeito político, ambíguo e cindido pelos modos próprios de constituição dos sujeitos, usa o poder como lugar de gozo e, por fim, se mata, na/pela ilusão de continuar exercendo o seu poder. Nessa direção, a Análise de Discurso é uma teoria que nos auxilia a compreender como o sentido faz sentido, em uma concepção de língua(gem) tomada em sua incompletude e por seu registro de real. Na tentativa de compreensão dos processos de identificação/articulação do sujeito suicida, balizado pelos registros do simbólico, do real e do imaginário, compreendemos o lugar do corpo por uma outra ordem, que não se resume apenas como um suporte da letra da carta, das mutilações, dos estados de alterações de humor, visto que essa corporeidade/textualidade vem de alhures, vem da letra do/no inconsciente e, portanto, não se coloca como evidência, distanciando-se da noção de objeto pleno e da de sujeito do conhecimento.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 260.313.106-00 - OLIMPIA MALUF SOUZA - UNEMAT
Interno - 83195001 - ANA MARIA DI RENZO
Interno - 73774008 - PAULO CESAR TAFARELLO
Externo à Instituição - ALINE FERNANDES DE AZEVEDO BOCCHI - UNIFRAN
Externo à Instituição - FERNANDA SURUBI FERNANDES - UEG
Notícia cadastrada em: 21/06/2021 09:46
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